Um jovem pai suspeito de maus tratos ao filho bebé, à data com 15 dias, na Póvoa de Lanhoso, ficou ontem de tarde proibido de aproximar-se da criança e da mãe do petiz, ex-companheira, decidiu esta quarta-feira a juíza de instrução criminal de Braga.
O arguido, com 23 anos de idade, já condenado por um crime de violência doméstica contra uma outra mulher, não poderá aproximar-se de ambos, a menos de 500 metros, que será controlado por pulseira eletrónica, acrescentou a magistrada judicial.
As medidas de coação aplicadas ao suspeito, que chegou a trabalhar em dois supermercados no centro da vila da Póvoa de Lanhoso, concelho de onde é natural e tem a residência, coincidem com aquelas que foram propostas pelo Ministério Público.
O Hospital Central de Braga comunicou à data, no dia 02 de agosto, ao Comando Distrital de Braga da PSP, que um bebé, do género masculino, apresentava sinais compatíveis com eventuais agressões ou, pelo menos, com uma situação de maus tratos.
A PSP de Braga deslocou-se logo aos serviços hospitalares registando a queixa, que acabaria por ser remetida para o DIAP do Ministério Público, da Comarca da Póvoa de Lanhoso, porque é o concelho onde terão sido praticados os factos sob suspeita.
Por decisão do Ministério Público, o jovem suspeito, indiciado por dois crimes de violência doméstica, um contra o bebé seu filho e o outro visando a então sua companheira, foi detido ao início desta tarde e apresentado ao Tribunal de Turno, em Braga.
Pai desmente maus tratos ao filho bebé
O suspeito, cujas medidas de coação aplicadas são as mesmas que tinham sido propostas pelo Ministério Público, já negou que se tenha tratado de uma agressão ao bebé, o seu próprio filho, agora com um mês de idade, ou sequer maus tratos.
A versão do arguido é que já na sequência de uma discussão com a que era à data a sua companheira, na residência de outro casal, onde os três, o jovem casal e o bebé recém-nascido, moravam, por favor, na Póvoa de Lanhoso, o filho ficou “molestado”.
Segundo o suspeito argumenta, terá colocado o filho debaixo do braço com a cabeça para a frente e as pernas para trás, enquanto discutia com a ex-companheira, resultando do “aperto” debaixo do braço hematomas constatados no Hospital Central de Braga.
As investigações criminais prosseguem, a cargo do Ministério Público da Comarca da Póvoa de Lanhoso, havendo testemunhas da situação, entre as quais o locatário da casa onde se deu o caso, estando já o suspeito a viver com o pai, na Póvoa de Lanhoso.