O filho estava preso em Braga por tráfico. O pai foi à cadeia levar-lhe droga, supostamente para ele a vender a outros reclusos. Vão ambos ser julgados, em setembro, no Tribunal Judicial, por tráfico de estupefacientes agravado.
A acusação diz que, no dia 30 de dezembro de 2023, durante a tarde, o arguido José D., de 64 anos, de Guimarães, deslocou-se ao Estabelecimento Prisional de Braga para visitar o filho, Cláudio A., aí então recluso e, durante a visita, de forma dissimulada, entregou-lhe um pedaço de canábis (resina), que este inicialmente colocou na boca e, depois, guardou no bolso das calças.
No final da visita, e antes de regressar ao pavilhão, Cláudio A. foi sujeito a revista, tendo sido encontrado na sua posse 13,632 gramas de canábis (resina), correspondentes a 65 doses individuais diárias, que o seu pai, lhe havia entregue momentos antes.
Vendia a droga na cadeia
O Ministério Público defende que Cláudio – atualmente preso em Bragança – “destinava aquele produto estupefaciente à venda a terceiros, no interior do Estabelecimento Prisional de Braga, por quantia não apurada (mas seguramente muito superior ao valor que é pago fora do meio prisional)”. Sublinha que o pai, mesmo sabendo que o seu filho, ali se encontrava a cumprir pena de prisão, entregou-lhe o produto estupefaciente para que este o vendesse.
Salienta que Cláudio encontra-se conotado, no interior do Estabelecimento Prisional, com o tráfico de produtos estupefacientes, tendo já registadas várias condenações pela prática de tal crime.
“Os arguidos conheciam a natureza do estupefaciente, não ignorando que a compra, detenção, cedência ou venda a terceiros lhes estava legalmente vedada”, conclui, ainda, a acusação.
