O Paço de Anha, datado do século XVI, e a Quinta de Barrosa, de finais do século XVII, ambos situados em freguesias da margem esquerda do rio Lima, foram esta terça-feira classificados oficialmente como imóveis de interesse municipal.
O aviso da classificação foi publicado em Diário da República, dando cumprimento a uma deliberação da Câmara Municipal de Viana do Castelo de 2013.
Na portaria de classificação é referido que os dois imóveis “ficam apenas abrangidos pelos instrumentos de gestão territorial do concelho, designadamente pelo Plano Diretor Municipal (PDM) e respetivo regulamento, que contêm disposições que asseguram a proteção necessária ao bem classificado, não se justificando a criação de uma zona especial de proteção”.
A classificação do Paço de Anha foi justificada pela autarquia pelo “valor arquitetónico, histórico e simbólico do imóvel”.
O edifício, um antigo solar ligado ao Turismo de Habitação e à produção do vinho verde, na freguesia de Vila Nova de Anha, “tem uma grande importância patrimonial para o município de Viana do Castelo, não só pela sua qualidade de arquitetura, mas também, e especialmente, pelo seu alto valor histórico e simbólico”.
De acordo com a proposta da Câmara Municipal, aprovada em 2013, o Paço de Anha “foi uma das casas senhoriais do Alto Minho que apoiou e, eventualmente, deu guarida a Dom António Prior do Crato, durante a crise de 1578/1580”.
Desde 1504 que a casa nobre pertence à família Agorreta. Com uma área de 50 hectares, encontra-se envolta num muro de pedra, sendo possuidora de “uma vida agrícola intensa”, com vinhas de onde sai o famoso vinho branco do Paço d’Anha.
A casa, “com arquitetura do século XVI, foi reconstruida e aumentada no século XVII, possui no seu subsolo as caves onde é feito o vinho e a aguardente. Algumas casas antigas, que eram utilizadas para guardar produtos e máquinas agrícolas, foram adaptadas ao regime de Turismo de Habitação”.
A Quinta ou Casa da Barrosa, localizada na freguesia de Vila Franca, foi “mandada construir pelo padre Barbosa e Almeida, no final do século XVII e a capela data de 1730”.
Na deliberação aprovada em 2013, a Câmara de Viana do Castelo sustentou a classificação como Imóvel de Interesse Municipal com a sua “riqueza histórica”, considerando tratar-se de “um notável conjunto de inegável valor patrimonial”.
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