Declarações após o jogo Santa Clara-Moreirense (2-0), da quinta jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no estádio de São Miguel, em Ponta Delgada.
Vítor Campelos (treinador do Moreirense): “Na primeira parte, não entrámos como é de costume. Estávamos muito mais reativos do que ativos. Temos de ser muito mais decididos e agressivos em determinados lances.
Na primeira parte, o Santa Clara esteve por cima. Adotou um sistema diferente, foi a ideia do treinador e, de certa forma, em alguns momentos surpreendeu-nos apesar de trabalharmos vários sistemas de jogo para estarmos preparados para desmanchar qualquer sistema.
Uma segunda parte totalmente diferente da primeira, retificámos algumas coisas ao intervalo. Fomos muito mais agressivos, tivemos mais ação em vez de reação, entrámos muito melhor, tivemos algumas situações em que podíamos ter marcado. No momento em que colocámos o Nenê, para arriscar mais, sofremos o segundo golo.
Duas partes distintas, na primeira foi melhor o Santa Clara, na segunda penso que estivemos melhor. O jogo tem 90 minutos e temos de começar desde o primeiro minuto a ser muito mais corajosos, a ter mais bola, a ser mais agressivos e muito mais ativos.
Os resultados são todos justos. O Santa Clara conseguiu marcar dois golos, por isso é um justo vencedor, porque marcou dois golos e nós não”.
João Henriques (treinador do Santa Clara): “Todas as vitórias trazem tranquilidade e confiança e é isso que nós pretendemos sempre. Acima de tudo, queríamos voltar às vitorias em São Miguel, era importante, até porque vamos entrar num ciclo de jogos difíceis em que queremos ir continuando a somar pontos, porque é isso que nos vai dar a mesma tranquilidade.
Após termos feito uma exibição negativa na última jornada, era uma questão de orgulho. O grupo queria limpar a imagem de um jogo menos conseguido, apesar de não termos perdido. Era muito importante hoje fazermos isso.
A questão dos golos é uma questão de naturalidade. Nós estávamos a criar situações para finalizar, hoje voltámos a criar várias situações que não concretizámos. Sabíamos que mais cedo ou mais tarde a bola ia entrar e aí as coisas iam tornar-se muito mais fáceis, porque saem os fantasmas todos da cabeça. Hoje, fizemos dois e ficaram mais alguns por fazer, mas acima de tudo, queremos sentir esta vitória, com dois golos marcados e sem sofrer. É esse o caminho que queremos.
A revolução no ‘onze’ é uma revolução normal. Temos 27 jogadores, são todos úteis, vão ser todos utilizados durante a época e vão demonstrar aquilo que demonstraram hoje os que entraram pela primeira vez: qualidade e confiança. Não vamos ficar confinados a 11 jogadores, de certeza, até porque o calendário vai exigir.”