Declarações após o jogo Santa Clara-Vitória SC (1-0), da 27.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol:
– Luís Castro (treinador do Vitória SC): “Faltou objetividade. Estivemos sempre mal posicionados e não tivemos a aceleração necessária, como bola, para provocar alguns desequilíbrios no último terço do Santos Clara. Nunca o conseguimos fazer.
Fomos sempre muito previsíveis. A seguir ao golo, a equipa não se conseguiu encontrar mais, as ligações desapareceram por completo e fomos uma equipa totalmente diferente daquilo que tínhamos feito no último jogo.
Fomos uma equipa que não conseguiu assumir o jogo por completo e se até entrámos de uma forma decidida no jogo, mas sempre num ritmo muito baixo, isso levou a que a equipa não conseguisse atingir os objetivos que queria para este jogo.
Não estivemos ao nível da determinação que os nossos adeptos mostraram durante o jogo, foram muito melhores que nós.
Os jogadores que saíram [ao intervalo], saíram por opção minha, para tentar dar maior velocidade ao jogo, um jogo com pouca objetividade, que andava muito à periferia. Nunca tivemos jogadores muito incisivos, nunca conseguimos perfurar e foi na tentativa de colocar em campo dois jogadores com essas características, o João Carlos Teixeira e o Rochinha”.
– João Henriques (treinador do Santa Clara): “Com esta vitória, ficamos mais perto de concretizar o objetivo (manutenção).
Sabemos que estamos a sete jornadas do fim. Estamos com 10 pontos acima da primeira equipa que está abaixo da ‘linha de água’. Isso dá-nos muito conforto. mas não nos garante absolutamente nada, porque não sabemos o que vai acontecer daqui para a frente.
Era uma vitória importante para nós, para podermos abordar a parte final de uma forma otimista, com o conforto dos pontos.
O que fizemos aqui hoje, para nós, grupo de trabalho e estrutura, não é novidade, até porque os últimos cinco jogos já tínhamos mostrado que éramos uma equipa que estava em crescendo, consistente, uma equipa que podia bater qualquer adversário.
A estrutura teve a paciência de saber, nos momentos menos bons, ter os pés bem assentes no chão e isso foi o mais importante para que nesta altura, a sete jornadas do fim, estejamos com esta margem confortável.
O campeonato não acaba aqui, longe disso. Temos sete jogos, muita responsabilidade e muitas metas intermédias para atingir. E a manutenção que só será garantida quando matematicamente isso for consolidado”.