Uma das questões que raramente nos preocupa é a forma como o Governo se propõe organizar e funcionar. Ao longo das décadas tivemos vários e diferentes modelos. Uns melhores que outros mas todos desenhados dentro da lógica e paradigma da democracia portuguesa.
O desafio dos dias de hoje para a gestão da coisa pública deveria obrigar os implicados a assumirem ruturas com o passado e a assumirem um novo modelo de organização do Governo, das áreas da governação, da macrocefalia do Estado e do custo admissível para cada uma delas, de acordo com os recursos disponíveis em sede de Orçamento de Estado.
Até hoje nunca ninguém me conseguiu explicar porque é que não podemos ter apenas 6 ministérios e 6 áreas de governação.
Defendo há anos o redimensionamento estrutural das funções do Estado e a respetiva revolução organizativa do Governo.
Para tal, creio que o nosso País poderia ter uma organização simplificada e eficiente das áreas da governação, de acordo com as seguintes responsabilidades públicas:
1. Educação
2. Justiça
3. Recursos Naturais
4. Suporte Social
5. Segurança e Defesa
6. Economia e Finanças
Aprendi na gestão que nas organizações apenas interessam os que servem os clientes e os que apoiam os que servem os clientes. Tudo o resto são entropias que a história permitiu criar para arrumar ineficiência própria de uma sociedade aculturada à cunha e ao nacional porreirismo. Já pensaram que se amanhã não fossem trabalhar 1/5 dos aqui afetados, o País não parava? E que éramos seguramente mais eficientes e rentáveis?