“Os mesmos de sempre a pagar” protestam em Guimarães contra o aumento do custo de vida

“Há mais mês que salário”
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O movimento “Os mesmos de sempre a pagar” realizou na manhã deste sábado um protesto em Guimarães onde foi decretado um simbólico final do mês face ao aumento do custo de vida e à especulação de preços. Para o grupo, já “há mais mês que salário”.

Lurdes Leite, porta-voz, explicou que o protesto pretende alertar para o aumento do custo de vida que é “um processo de roubo que está em curso”, e o movimento pretende ver os cidadãos insatisfeitos a demonstrarem indignação e exigirem “ao Governo medidas concretas para impedir que, mais uma vez, haja quem se aproveite da crise”.

“Exigimos a fixação e regulação dos preços de todos os bens essenciais em particular dos bens alimentares. Soluções para travar o aumento dos preços da habitação. Exigimos que os dividendos das grandes empresas sejam, neste momento de crise desviados das contas dos acionistas para um fundo de emergência nacional para responder ao aumento do custo de vida”, vinca.

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E, questionando, acrescenta: “Travar o aumento do custo de vida é garantir condições de vida para a maioria, mas é também parar o roubo e o aproveitamento por parte dos mesmos de sempre. Será pedir muito que não sobre sempre para os mesmos pagar a crise dos outros?”.

O movimento alerta para a subida diária de preços, algo que leva a que “todos os meses” os “ordenados e pensões ficam mais pequenos”.

“O governo não faz nada para parar a especulação desenfreada”, acusam.

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Para o movimento, é “preciso impor que os combustíveis, a alimentação, os transportes, os medicamentos, as rendas e todos os bens essenciais tenham preços justos e suportáveis para a maioria”.

Alertam ainda que “há quem lucre com a desgraça alheia”, dando exemplo dos lucros das grandes empresas nacionais e também dos bancos.

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“Estes aumentos selvagens que enfrentamos estão a ter efeitos nos preços dos alimentos e outros bens e serviços essenciais e o Banco Central Europeu vai fazer a política do costume, aumentando as taxas de juro para salvaguardar o dinheiro dos ricos”, argumenta o movimento.

E deixa o alerta: “Com estas opções quem vai sofrer mais são aqueles que trabalham e que vão ter que pagar os empréstimos das casas a preços mais elevados”.

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Por fim, consideram: “Os trabalhadores vão ter mais dias sem chegar o ordenado e os senhores do dinheiro vão fazer desta crise uma nova oportunidade para espremerem ainda mais quem trabalha. Se é necessário pagar a crise, então que se comece pela contribuição daqueles que em todas as crises se enchem à custa da desgraça da maioria”.

 
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