Declarações no final do encontro Famalicão-FC Porto (1-1), da 13.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, realizado hoje em Vila Nova de Famalicão:
– Ricardo Silva (treinador interino do Famalicão): “Já perspetivávamos um jogo com imensas dificuldades. E face ao adversário que íamos defrontar, sabíamos que poderíamos passar por momentos em que teríamos pouco a bola, em que teríamos que ser resilientes e saber sofrer enquanto equipa.
Os jogadores cumpriram o plano à risca, apesar de termos tido que alterar um bocadinho em função da pressão do FC Porto. E as coisas começaram naturalmente a correr melhor.
Não sei se é justo ou não. A verdade é que a grande oportunidade do jogo para desempatar o resultado é um penálti nosso. Os jogadores fizeram um trabalho fenomenal, de equipa e isso deixa toda a gente orgulhosa. Senti uma equipa e isso é o que conta.
Uma semana que aconteceu de forma inesperada. O destino assim o quis. Recordação fantástica, não por ser contra o FC Porto, não por ser um empate mas por aquilo que os jogadores conseguiram assimilar. E confesso que não estava nada nervoso para abordar este jogo mas muito ansioso para perceber a resposta que iriam dar, quando durante a semana a resposta que deram foi perfeita”.
– Vítor Bruno (treinador do FC Porto): “Só não fico satisfeito com o resultado. A atitude dos jogadores foi enorme, tentaram de todas as maneiras identificar todos os passes, chegar a todos os caminhos, várias vezes à baliza do Famalicão, com controlo do jogo.
Sofremos um golo num lance aparentemente inofensivo. Viemos [para a segunda parte] com energia renovada. Fizemos um golo, colocámo-nos na frente do marcador e depois foi aquilo que viram.
Não quero falar porque não gosto. Agora o que não me podem dizer é que foi a mão direita do Pepê a tocar na bola. O que tocou na bola foi o braço esquerdo que está colado ao corpo no momento de contacto com a bola. Quem disser uma coisa diferente disto não está a ser honesto. É a única coisa que me incomoda, alguém que é decisivo no jogo, que é o árbitro, e num momento preponderante, num lance que decide o jogo, dizer que é uma mão que toca quando é a outra.
O que eu falo com o presidente fica entre mim e ele.
Em relação à parte final, foi o que ouviram. Foi injusto o que os jogadores ouviram. E eu não quis que eles ficassem a ouvir aquilo. Foram retribuir o que deram durante o jogo, mas quando começa a extravasar é pegar, sair e recolher.
Os adeptos são exigentes, querem ganhar. É preciso entender que os jogadores foram muito honestos, houve muita entrega no jogo, atitude competitiva, mentalidade ganhadora. E depois acabou por ser uma vitória que só valeu um ponto.
Um resultado nunca tem impacto positivo quando não se ganha. A atitude dá-me sinais positivos para o que é um futuro próximo. Dependemos só de nós, queríamos muito ter ganho para colar ao primeiro. Mas, estamos num registo que se calhar há duas semanas muita gente já dava o campeonato como perdido. Neste momento entrámos na luta, a equipa está saudável, com fome de ganhar e vai andar sempre atrás até ao fim, no sentido de querer ganhar”.