Declarações após o jogo da 22.ª jornada da I Liga de futebol entre SC Braga e Vitória SC (3-0), que decorreu na terça-feira em Braga:
Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga): “A chave foi a preparação do jogo e a interpretação do mesmo por parte dos jogadores, [porque] quando planeámos as coisas, elas nem sempre acontecem. Tivemos uma semana para trabalhar, sabíamos a importância de marcar primeiro e que o Vitória [a perder] podia descompensar-se e perder o equilíbrio. Na segunda parte, juntámo-nos mais, jogámos não da forma como gostamos mais, mas os dérbis são para ser ganhos e soubemos esperar, defender a nossa baliza e ‘matar’ o jogo em transição. Podíamos ter feito o terceiro golo mais cedo pela forma como o Vitória estava mais exposto, mas foi o que foi, vencemos por 3-0 que é o mais importante.
(Jogo 200 como treinador na I Liga) Não estou muito preocupado comigo, mas com o dia-a-dia, o trabalho, pôr a equipa a jogar bem, valorizar os jogadores. Hoje foi mais uma aposta, no Bruno Rodrigues, com 19 anos, da equipa B. Tínhamos no banco o Vítor, que era da B também, o Zé Pedro, dos sub-23.
(Al Musrati) Ele tem uma função, é um jogador importante, como outros, mas não vou abrir muito o jogo, os especialistas que falem da minha equipa, assim obrigam-nos a falar mais da equipa do Braga.
Dado o percurso do Braga esta época, não é fácil fazer uma aposta clara nos jovens. Gostava de chegar a janeiro e ter 10 milhões de euros, ou seis, ou cinco, para contratar um central, como o Benfica, que contratou um excelente central [Lucas Veríssimo], teve capacidade financeira para isso. Nós tivemos alguns problemas e tivemos que nos socorrer da equipa B. Quando perguntam pelas diferenças, essa é uma delas, a capacidade de investimento.
Fizemos uma aposta num plantel não muito extenso, com dois jogadores por posição, com a ideia de que, sempre que se abrisse uma vaga, iríamos chamar jogador da equipa B ou dos sub-23. Este é o caminho do Braga, lamentámos muito as lesões do Moura e do David Carmo, que foi associado ao Liverpool, foi uma realidade, mas a formação é algo que está subjacente a qualquer ideia do Braga.”