ARTIGO DE EDUARDO FERNANDES
Presidente JSD Guimarães
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Os últimos dias têm sido um grande turbilhão político, que parece ter chegado ao fim. Tudo isto, porque se descobriu que um, agora, Ex-Vereador da Câmara Municipal de Lisboa, eleito pelo Bloco de Esquerda, asserido defensor dos habitantes da baixa da cidade e o “maior opositor dos capitalistas” é afinal um homem queria lucrar com a especulação do mercado imobiliário.
A realidade é que o negócio feito pelo senhor se encontra totalmente dentro da lei e nesse aspeto não há nada a apontar. A questão que se colocava aqui era uma questão de credibilidade moral. Durante os últimos dias, tenho-me questionado bastante sobre o facto de alguém apregoar moralismos vincados e fazer as pessoas acreditar que é uma coisa e, na realidade, ser igual a todos aqueles contra quem luta. Até agora, não sei como é possível que alguém faça isto durante uma quantidade infindável de anos, e mesmo assim, consiga dormir tranquilamente.
Apesar disto tudo, a questão de fundo, para mim, não é o Dr. Ricardo Robles, mas sim a podridão moral que o Bloco de Esquerda tem demonstrado no tratamento deste assunto. No dia em que o Sr. Ex-Vereador teve que justificar às pessoas que o elegeram, o facto de ter aparecido no seu património um valioso prédio na baixa de Lisboa, este aparece sozinho e não há nem sinal da líder do seu partido. No dia seguinte, tínhamos a Coordenadora do Bloco a falar para as câmaras de televisão a dizer que tudo isto eram “Fake News” (bem ao estilo de Trump).
Quando a questão das Fake News, foi desmentida com outras notícias de mais investimentos em imobiliário do Sr. Ex-Vereador, o que se seguiu? A Vitimização! Que é, aliás, prática recorrente no Bloco de Esquerda. Afinal de contas, a culpa nunca pode ser de quem está no pedestal dos moralismos.
O que é que conseguimos concluir com isto? Eu concluo, que o Bloco de Esquerda não tem o que é preciso para ter qualquer tipo de poder ou para passar por qualquer tipo de solução governativa. Um partido de pessoas que não são consequentes e que não sabem assumir as responsabilidades dos seus atos, não pode servir Portugal.
Post Scriptum – Na senda dos “bons investimentos”, podemos ainda encontrar nomes como: António Costa, Fernando Medina, Manuel Pinho, José Sócrates e ainda Pedro Siza Vieira. A olhar para todos estes nomes, encontro uma tendência, todos eles são de esquerda.
Fica a ressalva!
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Cada uma das concelhias, distritais, deputados e vereadores têm a possibilidade de enviar um artigo de opinião, todos os meses, para publicação, conforme e-mail enviado em Julho de 2015. [+]