O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) defendeu hoje que o Orçamento do Estado para 2022 “está longe de dar as respostas que se impõem”, apontando que “os assuntos vão passando” e “nada se resolve”.
O deputado do PEV José Luís Ferreira intervinha no debate parlamentar sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2022 na generalidade — em relação à qual o partido já anunciou que votará contra — insistindo que “como na altura da entrega do documento `Os Verdes` tornaram público, o orçamento está muito longe de dar as respostas que se impõem, face à dimensão e à gravidade dos problemas”.
“Também na altura, tivemos oportunidade de assinalar, ser absolutamente incompreensível que, prevendo-se um crescimento da economia de 5,5%, esse crescimento não se faça sentir na garantia de mais qualidade de vida para os portugueses, seja ao nível do seu poder de compra, seja do ponto de vista da qualidade dos serviços públicos ou seja ao nível de melhores padrões ambientais”, sustentou.
O deputado aditou que, “estando o Governo mais liberto dos constrangimentos e limitações das regras da União Europeia” o partido não encontra “justificações para que a `corrida ao défice` continue a ser o farol orientador deste Orçamento, comprometendo seriamente a resposta emergente aos problemas do país”.
“A proposta que temos de aumento do salário mínimo nacional continua a ser acima do crescimento do produto: é verdade que prevemos um crescimento de 5,5% mas a verdade também é que propomos um aumento do salario mínimo nacional que é superior aos 5,5%, de forma a contribuir precisamente para a convergência do salário médio, ajudar a que os salários voltem a convergir com a média europeia no peso do PIB [Produto Interno Bruto] e acho que esse deve ser o objetivo comum que devemos partilhar”, respondeu o primeiro-ministro, António Costa.