Declarações após o Vitória SC-Arouca (0-2), jogo da 24.ª jornada da I Liga de futebol, que decorreu hoje em Guimarães:
– Moreno (treinador do Vitória SC): “Foi por ter sofrido o primeiro golo, a equipa desequilibrou-se depois disso. Fizemos uma primeira parte muito bem conseguida, faltou-nos o que tem faltado ao longo da época, alguma eficácia ofensiva, finalizar as muitas oportunidades que tivemos. Se a nossa equipa não consegue estar em vantagem, sente dificuldades. O golo do Arouca intranquilizou-nos claramente e as mexidas não tiveram o impacto que estávamos à espera, porque era difícil entrar no jogo. O Arouca baixou linhas, houve menos espaço para nós e depois o segundo golo tirou-nos muito do jogo. O Ibrahima [Bamba] teve dificuldades [físicas] e ficámos quase com menos um.
O Arouca tem qualidade e sente-se muito confortável sem bola e a sair em transições. Devíamos ter sido mais rigorosos, parabéns ao Arouca, foram mais eficazes.
Aceito a insatisfação dos adeptos [com as substituições], eles pensam muito com a emoção, nós temos a obrigação de pensar com a razão. Não mexi na linha de três [defensiva], porque podia desequilibrar ainda mais a equipa atrás, foi uma opção tática minha, claro que com a limitação do Ibra[hima] isso piorou. O Tiago Silva tinha corrido muito e estava muito desgastado, queria refrescar o meio-campo, não é por meter mais homens na frente que se criam mais oportunidades.
(Melhor casa da época) A mensagem hoje é de gratidão pelo apoio que nos deram, quem conhece o Vitória sabe que os adeptos são isto e não é por termos perdido que vão deixar de apoiar. Eles são adeptos de uma paixão, não de vitórias. Posso prometer trabalho e dedicação. Tenho zero a apontar aos nossos atletas, eles não deixaram de ter a qualidade das últimas seis jornadas, são do melhor que há nosso futebol”.
– Armando Evangelista (treinador do Arouca): “É o sentimento de somar mais três pontos, de dever cumprido face ao desafio e às dificuldades que tínhamos pela frente, não existe sentimento diferente por ser o Vitória ou outro adversário qualquer. Estou satisfeito e orgulhoso pelo que fizemos e pelo que temos vindo a fazer. As equipas proporcionaram um espetáculo fantástico e acrescentar três pontos a uma boa exibição é motivo de orgulho.
Ao intervalo, corrigimos alguns aspetos, mas a primeira parte mais complicada deve-se à valia do adversário e à pressão que estava a funcionar. Não tivemos a capacidade de explorar o espaço entre linhas e, na segunda parte, mostrámos onde estava esse espaço para podermos sair com mais êxito.
Não estamos a olhar para a tabela, mas para a capacidade de nos superarmos. Saímos daqui com mais três pontos do que em relação ao mesmo número de jogos da primeira volta. O desafio é esse, queremos continuar a fazer o trabalho do qual nos possamos orgulhar, isso está evidente e nada pode beliscar isso”.