Orquestra de refugiados afegãos e danças tradicionais da Ucrânia no jantar humanitário da Cruz Vermelha de Braga

No sábado
Foto: Joaquim Gomes / O MINHO

Os migrantes são o tema do jantar humanitário a realizar no próximo sábado, em Braga, pela Cruz Vermelha Portuguesa.

O evento realiza-se no Altice Forum Braga, esperando reunir meio milhar de participantes à mesa, dado esta iniciativa não se ter realizado, nos últimos dois anos, devido à pandemia. Uma orquestra formada por músicos refugiados do Afeganistão e danças tradicionais ucranianas são as principais atrações culturais da noite.

“O tema deste ano do nosso jantar, afinal o jantar de todos, é naturalmente o das migrações, o que surge com naturalidade e acima de tudo sendo de extrema importância, com relevância preponderante nos dias que atravessamos”, começou por afirmar o presidente da Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa, Armando Osório, na apresentação do evento, destacando que dentro de poucos meses será inaugurada a novo sede, nas instalações históricas da Avenida 31 de Janeiro.

“Este evento que orgulhosamente realizamos desde 2012 é já um acontecimento que une toda a sociedade bracarense em torno de um objetivo e consciência comuns, a atenção aos mais desfavorecidos”, explicou Armando Osório, destacando o facto da madrinha deste ano ser a Associação Empresarial do Minho, representada pelo seu presidente, Ricardo Costa.

O tradicional jantar humanitário vai já na sua nona edição e esta, como todas as outras, espera-se seja de grande êxito e impacto na cidade de Braga, tendo lugar pela primeira vez no Altice Forum Braga, “para podermos albergar mais de 500 convidados que vivem e partilham o nosso espírito humanitário”, conforme referiram a O MINHO fontes da organização, salientando que “há cerca de 20 anos acolhemos migrantes e especialmente neste momento que é tão especial no mundo”.

Esta segunda-feira, na divulgação do jantar, sem o qual não era possível manter o mesmo nível da sua intervenção social e humanitária, estiveram o presidente da Delegação de Braga, Armando Osório, ladeado pelo vice-presidente, José Costa Correia, bem como o adjunto executivo David Rodrigues, sendo Ricardo Costa, presidente da Associação Empresarial do Minho, o convidado, pois esta instituição amadrinhou a iniciativa, o que só não sucedeu antes, por causa da pandemia.

Ricardo Costa, um entusiasta deste tipo de iniciativas, manifestou “o orgulho da Associação Empresarial do Minho estar a amadrinhar o jantar humanitário, mas felizmente conseguimos este ano a organização deste jantar humanitário com a Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa, com tema das migrações, um assunto tão em cima do acontecimento”.

“Depois de dois anos sem se poder realizar, queremos que o jantar deste ano, no sábado, tenha das maiores participações de sempre, reunindo mais de 500 pessoas pertencentes a cerca de 50 empresas da região, o objetivo a que nos propomos”, disse Armando Osório, explicando que “o amplo espaço do Altice Forum Braga permitirá aos participantes visitarem as várias valências que a Delegação de Braga tem em todo o concelho e assistir a vários momentos culturais, que procurarão vincar o sentido de pertença global num alerta cada vez mais atual, tudo apontando para uma edição única e memorável”.

O jantar humanitário deste sábado será animado pela Orquestra ANIMP (Ensembles Afghanistan National Institute of Music – Portugal), ‘ensemble’ composto por jovens músicos refugiados afegãos, que brindarão os presentes com música tradicional afegã, haverá ainda tempo para ouvir o coro Vox Luminis do Conservatório Bonfim, com uma mostra musical de danças tradicionais ucranianas e já no final o espetáculo Bolha, um projeto dos músicos bracarenses Hugo Torres e Ana Gomes.

Os números da delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa. Imagem: CVP

Foi precisamente no mesmo ano em que a Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa celebrava os seus 150 anos de existência, em 2020, que se viu forçada a cancelar o jantar devido à pandemia, o mesmo sucedendo em 2022.

Por isso, a organização quer que “seja este ano também sinónimo de festa e comemoração, associando-se o jantar a esta efeméride icónica e marcante, quer para a própria Delegação quer para o concelho, que tão orgulhosa e responsavelmente servimos há mais de uma centena e meia de anos”.

“Assinalamos [a data] a contribuir para o bem-estar e aspirações das pessoas que experienciam vulnerabilidade e marginalização, segundo os nossos valores e princípios fundamentais”, como afirmou o seu presidente.

A Cruz Vermelha de Braga é a maior delegação portuguesa da principal organização humanitária mundial.

 
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