Orçamento da câmara de Guimarães aprovado com votos contra da oposição

Total de 108 milhões.
Foto: Divulgação / CM Guimarães

O Orçamento para 2019 da câmara de Guimarães, de 108 milhões de euros, foi hoje aprovado com os votos contra da oposição liderada pelo PSD/CDS-PP, que considerou que é preciso “passar da aparência para a substância”.

Segundo explicou aos jornalistas no final da reunião do executivo de hoje o presidente da autarquia, Domingos Bragança (PS), o documento orientador do município para 2019 tem como “três pilares” a “sustentabilidade ambiental, a coesão territorial e a afirmação internacional de Guimarães”.

Do lado da oposição, André Coelho Lima concordou com os pilares que sustentam o documento mas criticou a falta de ações: “É preciso passar da aparência para a substancia, fazer com que a sustentabilidade [ambiental) não seja apenas candidaturas a Capital Verde Europeia e seja melhoria de qualidade de vida, é preciso fazer com que a coesão territorial não seja apenas um conjunto de chavões e seja um conjunto de medidas concretas”, disse.

O líder da oposição no executivo apontou como exemplo aquilo que considerou ser “falta de atenção” dada ao rio Ave: “Não temos, em cinco anos desta presidência uma única medida de despoluição concreta do rio Ave”, apontou.

Em resposta, Domingos Bragança refutou as acusações de Coelho Lima de que o executivo não tem trabalho feito e apenas um conjunto elencado de intenções: “Olho para o programa eleitoral e não tenho um item que esteja porá lançar. A ideia de que prometemos muito e não fazemos nada não é certo. O que está no nosso programa eleitoral fazemos”, salientou o autarca.

Domingos Bragança, apontando a coesão territorial e a relação com as freguesias como exemplo, considerou mesmo que “se há presidente ou mandato que tem investido em todas as freguesias e vilas com tanta qualidade e intensidade tem sido este executivo”.

Do documento, a destacar a atenção dada também à mobilidade e á rede de transportes públicos, sendo que, segundo Domingos Bragança, o Plano de Mobilidade “está a ser finalizado”, admitindo o recurso a uma entidade municipal, com competência na área dos transportes, para servir as zonas de baixa densidade do concelho, recorrendo à mobilidade 100% elétrica.

“Há dois anos pensava-se não ser possível termos uma frota 100% elétrica. Hoje, a realidade é outra. O sonho pode tornar-se realidade, o que vem dar força às nossas convicções num caminho de opções estruturantes irreversível. Estamos a trabalhar com várias entidades nesse sentido”, realçou.

Em relação à afirmação de Guimarães no Mundo, “um dos três pilares”, o autarca referiu o “papel decisivo” da classificação, pela UNESCO, do Centro Histórico da cidade como Património Cultural da Humanidade e do título de Capital Europeia da Cultura em 2012.

“O executivo continuará a fazer de Guimarães uma Cidade de Cultura, capaz de organizar eventos de alcance internacional e estender-se a todo o território com uma oferta cultural de qualidade, e que continuará a apostar na Ciência e no Conhecimento, chamando aos seus Parques Tecnológicos e Universitários o talento local e nacional, relevando o papel decisivo da cooperação entre Município e Universidade do Minho”, garantiu.

 
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