O Óquei de Barcelos sagrou-se hoje campeão europeu de hóquei em patins, depois de bater o FC Porto no desempate por grandes penalidades, conseguindo um inédito terceiro triunfo consecutivo de equipas portuguesas na prova.
O encontro terminou empatado a um golo no final do tempo regulamentar e nos 10 minutos de prolongamento e foi resolvido após sete grandes penalidades, tendo o Óquei de Barcelos marcado duas e o guarda-redes Conti Acevedo brilhado a grande altura.
Depois de um jogo intenso e equilibrado e de uma vitória suada, os jogadores e os adeptos do Óquei de Barcelos fizeram a festa, celebrando o segundo título europeu da história do clube, depois do que foi conquistado em 1990/91.
No Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, Carlo di Benedetto lançou o primeiro ataque à baliza adversária, Danilo Rampulla respondeu e o Óquei Barcelos procurou pressionar alto e tirar espaço ao FC Porto.
A importância do jogo motivou algumas escaramuças iniciais entre Carlo di Benedetto e Miguel Rocha, que acabaram por ser de curta duração após avisos dos árbitros.
O técnico portista, Ricardo Ares, pediu a primeira pausa técnica aos oito minutos, numa altura em que jogo se encontrava num claro impasse e as equipas, que se conhecem muito bem, pareciam encaixadas uma na outra.
Quatro minutos depois foi Rui Neto quem parou o jogo, mas quem abriu o marcador foi o FC Porto com um ataque conduzido pela esquerda por Edu Lamas, que daí serviu Carlo di Benedetto com um passe aéreo, tendo o atacante francês batido Confi Acevedo.
O FC Porto foi na frente para o intervalo, o que se justificava pelo seu ligeiro ascendente, e a segunda parte mostrou um Óquei de Barcelos com mais alma.
O minuto 27 deu um livre direto à equipa Rui Neto, que Miguel Rocha bateu e Xavi Malián defendeu, e um cartão azul para Carlo di Benedetto que deixou o FC Porto com menos um jogador.
Miguel Rocha redimiu-se no minuto seguinte fazendo o 1-1 com um remate potente do lado esquerdo, no seguimento de uma jogada que o Óquei de Barcelos trabalhou bem até tirar partido da superioridade numérica momentânea.
O equilíbrio manteve-se, tal com o ambiente festivo nas bancadas, e o FC Porto fez uma falta a 49,8 segundos do fim, que a intervenção do VAR, uma estreia na fase final, considerou justificar novo cartão azul para o lado portista, que assim ficou outra vez em inferioridade numérica.
Miguel Rocha voltou a enfrentar Xavi Malián, o guarda-redes portista voltou a defender e o encontro foi para prolongamento, que deixou tudo na mesma.
No desempate por grandes penalidades, Hélder Nunes atirou para fora, Conti Acevedo defendeu os remates de Edu Lamas, Gonçalo Alves e Rafa e Miguel Rocha falhou novamente diante de Xavi Maliás, mas Pedro Silva e Luís Querido acertaram no alvo e Óquei de Barcelos conquistou o seu segundo título europeu de hóquei em patins
Pela primeira vez desde o início da competição, na época 1965/66, Portugal tem três equipas a vencer de forma consecutiva a Liga dos Campeões, antiga Liga Europeia, uma vez que o triunfo do Óquei de Barcelos se segue ao do Sporting na temporada passada, e ao do FC Porto em 2022/23.
Ficha de Jogo
Jogo realizado no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos.
Óquei de Barcelos – FC Porto, 1-1 após prolongamento, 2-0 no desempate por grandes penalidades
Ao intervalo: 0-1.
No final do tempo regulamentar: 1-1.
No final da primeira parte do tempo regulamentar, 1-1.
Marcadores
0-1, Carlo Di Benedetto, 17 minutos.
1-1, Miguel Rocha, 28.
Marcadores nos desempates por grandes penalidades:
0-0, Hélder Nunes (para fora)
0-0, Miguel Rocha (defesa de Xavi Malián)
0-0, Edu Lamas (defesa de Conti Acevedo)
1-0, Pedro Silva
1-0, Gonçalo Alves (defesa de Conti Acevedo)
2-0, Luís Querido
2-0, Rafa (defesa de Conti Acevedo)
Equipas
– Óquei de Barcelos: Conti Acevedo, Luís Querido, Pol Manrubia, Danilo Rampulla e Miguel Rocha. Jogaram ainda: Santiago Chambella, Vieirinha e Pedro Silva.
Treinador: Rui Neto.
– FC Porto: Xavi Malián, Edu Lamas, Gonçalo Alves, Rafa e Carlo Di Benedetto. Jogaram ainda: Hèlder Nunes e Ezequiel Mena.
Treinador: Ricardo Ares.
Assistência: 3.300 espetadores.