Braga
Oposição contra aumento de preços no novo Mercado Municipal de Braga
Câmara diz que aumentos são ligeiros e que o espaço não pode estar abandonado
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Luís Moreira
Os vereadores da oposição na Câmara de Braga criticaram hoje, em reunião do executivo de vereadores, o alegado aumento de preços que vai afetar os talhantes no renovado mercado municipal – que reabre a 5 de dezembro – e a obrigatoriedade de permanência dos horticultores e padeiros, a tempo inteiro, no espaço.
Em resposta, a vereadora da tutela, Olga Pereira disse que “há muita desinformação” em torno do assunto e reafirmou que, na maioria dos casos, os aumentos são “ligeiros”. Sobre este tema, o presidente do Município, Ricardo Rio salientou que o mercado terá um novo paradigma de funcionamento e de qualidade, semelhante ao praticado em grandes cidades europeias, que não se coaduna com bancas que só abrem em alguns dias.
Os socialistas, através de Artur Feio, “estiveram no mercado em conversas com os comerciantes” e concluíram que, atendendo aos efeitos da pandemia e ao facto de, na maioria, serem negócios de pequena dimensão e de parco volume de comércio, a Câmara não deveria aumentar significativamente as rendas. “Fazemos aqui um apelo para que o Município reconsidere o aumento”, afirmou.
O vereador lembrou que vários operadores contestam, também, a obrigatoriedade da presença diária na banca, das 07:00 às 17:00 horas, dizendo que muitos não têm dimensão para isso, porque são, também, pequenos produtores com outras tarefas. Lamentou que as rendas aumentem, em alguns casos, sobretudo nos talhos, para o dobro, a que acresce o pagamento da água que era grátis e agora será paga à parte.
Lembrou que chegaram a ser 50 os talhantes que operavam, que são agora apenas 12, e disse que há a mercado hipótese de três desistirem, ficado só nove talhos.
CDU tem carta de 53 comerciantes
O vereador da CDU, Carlos Almeida, também falou com os operadores ‘históricos’ do mercado – que agora estão em instalações provisórias no Campo da Vinha – os quais lhe entregaram uma carta assinada por 53 deles que se opõem ao horário de permanência a tempo inteiro, pedindo à Câmara que recue, sob pena de alguns desistirem. “É preciso que se atenda à realidade. O novo conceito de negócio não se adapta à realidade do mercado, nem é viável, pois a clientela é reduzida e não tem procura necessária”, defendeu, dizendo que muitos vendedores têm de ir a outras feiras e mercados em concelhos vizinhos “para sobreviverem e não têm condições para contratar”.
Apelou ao diálogo com os comerciantes, dizendo que o aumento de preços vai provocar várias desistências entre os que vendem frutas e hortícolas, carne e pão.
Vereadora diz que há desinformação
“Não compreendo porque é que há uma desinformação tão grande em torno dos preços”, retorquiu Olga Pereira, que tutela o setor, voltando a garantir que, em regra, os aumentos são ligeiros.
A autarca admitiu que “os talhos são o setor onde há aumentos mais significativos”, o que justificou com “um aumento da área de vestuários, cozinhas, fumeiros e salas de desmancho, o que lhes permitirá certificar os seus produtos”.
“Uma banca simples tem uma variação de um ou dois euros”, afiançou, vincando que as taxas não são atualizadas há muitos anos porque as condições de trabalho eram más no antigo espaço.
Sobre as desistências, adiantou que, entre 157 comerciantes, há 23 que não continuam, mas sublinhou que a maioria se deve a falecimentos, razões de saúde, uma aposentação, duas lojas que fundiram numa desistiram e uma emigração. Um padeiro não quer abdicar das feiras que faz noutros concelhos, pelo que abdicou. Outros – acrescentou – desistiram da banca, mas vão instalar-se no terrado, onde estão os comerciantes/agricultores e não há aumento de preço.
Não a um mercado abandonado, diz Rio
Pegando na palavra sobre o assunto, Ricardo Rio disse que, apesar das condições degradadas do espaço, que provocaram várias intervenções da ASAE, até 2013, quando a maioria PSD/CDS chegou ao Município, não houve um único projeto para a sua requalificação.
“Não queremos um mercado abandonado, tem que funcionar em contínuo”, declarou, dizendo que o investimento de seis milhões feito na requalificação, “não visa torná-lo mais turístico”.
Disse que tem indicações de que muitos empresários de Braga vão comparecer na hasta pública agendada para 30 de novembro, para licitar os lugares vagos.
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A Polícia Municipal (PM) de Braga efetuou o balizamento de algumas zonas da cidade onde existe possível acumulação de gelo face às baixas temperaturas dos últimos dias.
As camadas de gelo e geada que duram desde o início do mês, já originaram algumas quedas na cidade e, após patrulhamento.e reconhecimento, a coordenação da PM identificou numa lista os locais de potencial perigo para os transeuntes.
Nuno Ribeiro, coordenador da PM de Braga, apontou a O MINHO diferentes locais “de risco” situados em zonas do centro histórico, como é o caso da Praça da República, Campo da Vinha, Avenida Central, entre outros.
“O tempo que se faz sentir tem gelado alguns pontos da cidade e a PM, sempre atente, achou por bem restringir o acesso a determinadas zonas para evitar acidentes”, disse o responsável.
As ‘balizas’ vão perdurar até “se verificar que já não existe risco” de circulação naqueles locais, ou seja, quando as temperaturas mínimas subirem, algo que é esperado que aconteça durante a próxima semana.
Apesar do confinamento geral, ainda há várias lojas abertas no centro da cidade que são exceções, pelo que ainda existe alguma circulação pedonal no centro da cidade.

A Comissão Política da Concelhia de Braga do CDS mostrou-se no terreno nos dias que antecederam o atual confinamento, em reuniões com autoridades de saúde e instituições, de forma a inteirar-se sobre a evolução pandémica no concelho.
Altino Bessa, presidente da concelhia, reuniu com a administração do ACES de Braga, com membros do concelhos clínico e de saúde e ainda com o coordenador da USP, João Figueiredo Cruz.
Em comunicado, o também vereador eleito pela coligação de centro-direita “Juntos por Braga”, dá conta do acompanhamento da tendência de aumento constante no concelho, à semelhança do resto do país.
O responsável político elogiou e classificou as autoridades de saúde como “parceiros incondicionais do município na luta contra o cenário instalado”.
“Têm realizado no terreno um trabalho muito meritório que deve ser reconhecido por todos nós. A proximidade, coordenação, trabalho e entre ajuda têm contribuído para uma atuação célere no terreno”, disse Altino Bessa, chamando à liça o plano de vacinação.
“Acredito que estamos preparados para receber a vacina na medida em que a maioria da população pretende ser recetora da mesma. Todavia, não sei se estaremos prontos para manter a sua distribuição nos atuais trâmites. A vacinação tem que ser muito bem planead a e a ação célere, vacinando o maior número de pessoas num curto espaço de tempo. Para que a vacina chegue a todos é categórico que haja um planeamento seguro e sem brechas”, constatou.
Na reunião, os responsáveis do ACES asseguraram que “as estruturas de suporte estão aptas para dar resposta ao plano de vacinação. Os operacionais estarão a postos e quando chegar a hora, os utentes contarão com o melhor serviço”.
Domingos Sousa, diretor do ACES, revelou que desde a abertura da unidade de colheitas até 31 de dezembro de 2020, foram realizados onze mil testes à covid-19, alguns destes realizados em lares de terceira idade.
No que se prende com o plano de vacinação, Domingos Sousa explanou que até ao presente receberam 55 numa primeira intervenção e mais 71 na última semana.
Reunião com provedor da Santa Casa
Altino Bessa reuniu também com o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Braga, Bernardo Reis, antes da entrada em novo. confinamento, e a quem reconheceu “trabalho meritório, incansável, humilde e envolto em compromisso”.
Questionado pelo político acerca dos pedidos de apoio em tempos de pandemia, o provedor sublinhou que “as respostas lar e creche continuam em funcionamento de forma muito harmoniosa, assim como a cantina social também se encontra em pleno funcionamento”.
“Temos contribuído com vários donativos para o Banco Alimentar, Cruz Vermelha e mantemos o apoio de pagamento de propinas a alunos universitários em situação de carência”, referiu.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia deu ainda nota de que se encontra em análise um novo projeto que permitirá melhores condições para as respostas sociais já existentes e que está a ser cogitado para o edifício junto ao Hospital Lusíadas.
“Pretendemos que deste projeto nasça uma rede de Cuidados Continuados Integrados e residências assistidas. O escopo passa por concentrar algumas valências num só espaço a bem da sustentabilidade da instituição”, referiu.
Braga
Prisão preventiva para homem que tentou matar vizinho em Terras de Bouro
Com possibilidade de passar a domiciliária

O homem detido pela Polícia Judiciária após perseguir aos tiros um vizinho, em Terras de Bouro, foi colocado em prisão preventiva com a possibilidade de passar para prisão domiciliária. O arguido responde pelos crimes de tentativa de homicídio, dano com violência e detenção de arma proibida, indiciou hoje a Polícia Judiciária.
Como O MINHO noticiou em primeira mão, o suspeito agrediu o vizinho a soco e pontapé e ainda disparou seis tiros, que não lhe acertaram. Depois, danificou a carrinha da vítima, que, devido às agressões, sofreu vários hematomas, tendo sido transportada para o Hospital de Braga.
Homem que agrediu vizinho em Terras de Bouro detido por tentativa de homicídio
Em comunicado, a Polícia Judiciária revelou que “os conflitos entre o detido e a vítima eram frequentes e ocorriam há cerca de dez anos, relacionados com disputas de terrenos e acusações mútuas de furto e dano”.
“Na prática dos crimes foram utilizados uma arma de fogo e uma sachola, tendo os contendores sido assistidos no hospital com ferimentos ligeiros”, acrescentava o comunicado.
O arguido vai ser presente à autoridade judiciária para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.
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