A 8.ª edição do Festival de Dança Contemporânea GUIdance vai decorrer, em Guimarães, de 01 a 10 fevereiro, marcando a “consolidação” do evento com nove espetáculos, debates e até um jornal, após um percurso iniciado em 2011.
Apresentada esta sexta-feira, a edição de 2018 leva a Guimarães nomes nacionais e internacionais da dança contemporânea como Rui Horta, Vera Mantero, Joana von Mayer Trindade & Hugo Calhim Cristovão, Patricia Apergi, Wayne McGregor, Euripides Laskaridis, Peeping Tom, Marlene Monteiro Freitas e Andreas Merk.
Segundo o responsável artístico pelo evento, Rui Torrinha, esta 8.ª edição representa a “configuração” do GUIdance, em três camadas: “Trazer a Guimarães alguns dos mais importantes criadores contemporâneos da atualidade, reforçar e valorizar aqueles que são os nosso maiores criadores e uma terceira camada que é a questão da emergência dos novos valores e a forma como eles têm que encontrar o seu lugar no festival”.
“Quando começámos a pensar na 8.ª edição, sentindo um pouco a consolidação do festival, reparámos com alguma ironia que se deitarmos o número 8 dá o infinito e foi a linha de partida para este festival. Quisemos refletir no festival a ancestralidade e a criação de futuros e isto é que o programa reflete”, sublinhou.
Assim, o GUIdance abre a 01 de fevereiro com a estreia de Wayne McGregor e a sua “Autobiography”, espetáculo em que parte de uma busca pela tecnologia existente que é o seu corpo para lançar possibilidades que apontem à construção de futuros.
No dia seguinte, sobe ao palco do Centro Cultural Vila Flor a criação de Vera Montero “O Limpo e o Sujo”, na qual corpos “educados e deseducados”, atravessados por informação acumulada, procuram um novo lugar, seguido, a 03 de fevereiro, do espetáculo de Joana von Mayer Trindade & Hugo Calhim Cristóvão, de nome “Da insaciabilidade no caso ou ao mesmo tempo um milagre”.
A fechar a primeira semana de festival, a 04 de fevereiro Rui Horta apresenta “Humanário”, cuja estreia absoluta acontece no GUIdance. Uma obra criada em conjunto com o maestro Tiago Simães, que integra 40 intérpretes amadores, onde o traço de união é a capacidade vocal.
A segunda parte do GUIdance abre a 07 de fevereiro com a reposição de “Vespa”, de Rui Horta, seguido da peça “Cementary”, de Patricia Apergi, uma espécie de fuga à distopia continuada por Marlene Monteiro Freitas em “Jaguar”.
No dia dia 10 de fevereiro, sobe ao palco “Titans” de Euripides Laskaridis, com o GUIdance a encerrar um dia depois com a companhia belga Peeping Tom.
O GUIdance tem ainda as “indispensáveis atividades paralelas” com o objetivo de “aproximar público, artistas, escolas e pensadores, afirmando o GUIdance como um importante acontecimento artístico no calendário de inverno”.
Os espetáculos dividem-se entre o Centro Cultural Vila Flor e a Black Box do Centro Internacional das Artes José de Guimarães, sendo que os bilhetes já se encontram à venda, variando entre os 10 euros e os 3,50 euros.