Dos 92 casos de infeção com covid-19 confirmados no boletim epidemiológico da Direção-Geral de Saúde deste domingo, quase metade verificam-se no distrito de Braga: 42.
Braga com mais 19 casos confirmados em relação a ontem (1.105 no total), Vila Verde com mais 8 (167), Amares com mais 6 (50), Barcelos com mais 3 (219), Vieira do Minho com mais 3 (31), Esposende com mais dois (39) e Póvoa de Lanhoso com mais um (52), são os concelhos onde se registam novos casos. Já em Guimarães (613) e Famalicão (359) não há novos doentes confirmados.
Por sua vez, no distrito de Viana do Castelo, apenas se confirmaram dois novos casos nas últimas 24 horas: um em Monção (99) e outro em Caminha (16). Em Viana do Castelo (164) e em Ponte de Lima (26), os dois maiores concelhos do Alto Minho, não há registo de novos doentes com o coronavírus.
Na região do Minho, o total de casos confirmados é agora de 3.320 (+44).
Os números correspondem aos dados recolhidos até as 24:00 de ontem e comportam os dados incluídos na plataforma SINAVE, podendo pecar por defeito de 15%.
Todos os concelhos do Minho têm casos registados no boletim.
A ministra da Saúde pediu “prudência” na leitura dos números de hoje sobre a evolução da pandemia covid-19 em Portugal, os quais apontam para um acréscimo de 92 novos casos, uma subida bastante inferior às registadas em dias anteriores.
“Estes números devem ser lidos com prudência desde logo pelo conhecido efeito na notificação médica [que] tem a circunstância de ternos passado três dias com eventual menor atividade decorrente do facto de ser fim de semana e um dia feriado [referindo-se ao 1.º de Maio que se comemorou sexta-feira]”, disse Marta Temido.
Portugal regista hoje 1.043 mortos relacionadas com a covid-19, mais 20 do que no que sábado, e 25.282 infetados (mais 92), segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde (DGS).
Dados de infetados dos concelhos são “mais finos e precisos”
A diretora-geral de Saúde considerou hoje que os dados recolhidos nos concelhos sobre infetados com covid-19 “são mais finos e precisos”, mas que a nível nacional os números estão “o mais próximos possível da realidade”.
Na conferência de imprensa, Graça Freitas foi questionada sobre discrepâncias com números de pessoas infetadas com o novo coronavírus, nomeadamente sobre o presidente da Câmara de Ovar, Salvador Malheiro, ter novamente levantado dúvidas à veracidade dos números divulgados pela Direção-Geral de Saúde (DGS) no sábado, referindo que há mais infetados do que os indicados no boletim.
A diretora-geral de Saúde explicou o processo de recolha dos dados, que usa várias plataformas e não é automático, e que também acontece frequentemente que a morada do paciente no registo nacional do utente não corresponde efetivamente ao sítio onde vive, o que pode dar origem a erros.
A diretora-geral de Saúde disse, contudo, que ao nível nacional, do país, os “números estão o mais próximos possível da realidade”, uma vez que são os médicos e os laboratórios de análise que notificam dos infetados e é feito o trabalho de juntar as duas bases de dados para não contar duas vezes o mesmo doente.
“Para efeitos de ação, de vigilância epidemiológica, para efeitos de intervenção, os dados do concelho são mais finos e mais precisos do que os nossos. O que nós fazemos no boletim é que, à medida que os concelhos nos vão dando informação, também vamos afinando a nossa e os dados que aparecem no boletim nacional por concelho vão sendo melhorados dia a dia”, afirmou.
Já nos óbitos por covid-19, indicou, tal problema não acontece porque o processo é centralizado e eletrónico.