O boletim epidemiológico da Direção-Geral de Saúde deste sábado vem com os números aproximados daquilo que são os casos fidedignos de infeções por Covid-19 discriminados por concelho. Existem 876 casos confirmados no Minho, mais 99 do que na sexta-feira.
Os números correspondem aos dados recolhidos até as 00:01 deste sábado e podem comportar apenas cerca de 79% dos casos reais.
Braga, com 333 (+27 do que ontem) casos confirmados, Famalicão com 121 (+11) e Guimarães com 120 (+15) são os concelhos da região do Minho mais atingidos pela pandemia.
Segue-se o concelho de Barcelos com 83 (+13), Vila Verde mantém 41, Viana do Castelo com 39 (+1) , Póvoa de Lanhoso 21, Arcos de Valdevez com 19 (+7), Amares mantém 17, Esposende com 14 (+3), Vizela com 12 (+1), Fafe com 10 (+1), Vieira do Minho com 8 (+2), Melgaço mantém 7, Caminha com 6 (+2), Monção com 6 (+1), Ponte de Lima com 5 (+3), Cabeceiras de Basto entra pela primeira vez na lista com 4 casos, enquanto Celorico de Basto regista também 4 casos (+1). Valença e Paredes de Coura mantêm 3 casos.
Os restantes concelhos minhotos registam menos de 3 casos, alguns ainda sem infetados, e não constam no relatório por “motivos de confidencialidade”.
266 mortos, 10.524 infetados e 75 curados no país
Portugal regista hoje 266 mortes associadas à covid-19, mais 20 do que na sexta-feira, e 10.524 infetados (mais 638), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de sexta-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes (141), seguida da região Centro (66), da região de Lisboa e Vale do Tejo (54) e do Algarve (5). Quanto à região do Alentejo, o relatório da DGS de sexta-feira apresentava um óbito, mas o de hoje tem zero registos, sendo explicado no documento que a morte registada pela Administração Regional de Saúde do Alentejo “veio a confirmar-se covid-19 negativo”.
Relativamente a sexta-feira, em que se registavam 246 mortes, hoje observou-se um aumento de 8,1% (mais 20).
De acordo com os dados da DGS, há 10.524 casos confirmados, mais 638, um aumento de 6,5% face a sexta-feira.
Das 266 mortes registadas, 170 tinham mais de 80 anos, 60 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 24 entre os 60 e os 69 anos, oito entre os 50 e os 59 anos e quatro óbitos entre os 40 aos 49 anos.
Das 10.524 pessoas infetadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), a grande maioria (9.198) está a recuperar em casa, 1.075 (mais 17, +1,6%) estão internadas, 251 (mais seis, +2,4%) dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos.
Os dados da DGS, que se referem a 79% dos casos confirmados, precisam que Lisboa é o concelho que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus SARSCov2 (654), seguida do Porto (643 casos), Vila Nova de Gaia (468), Gondomar (447), Maia (404), Matosinhos (386), Braga (333), Valongo (320), Sintra (254) e Ovar (222).
Desde o dia 01 de janeiro, registaram-se 81.087 casos suspeitos, dos quais 5.518 aguardam resultado das análises.
O boletim epidemiológico indica também que há 65.045 casos em que o resultado dos testes foi negativo e sobe, em relação a sexta-feira, o número de doentes recuperados com mais sete, passando de 68 para 75.
A região Norte continua a registar o maior número de infeções, totalizando 6.280, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo, com 2.513 casos, da região Centro (1.372), do Algarve (182) e do Alentejo, que hoje apresenta 63 casos.
Há ainda 63 pessoas infetadas com o vírua da covid-19 nos Açores e 51 na Madeira.
A DGS regista ainda 22.858 contactos em vigilância pelas autoridades (mais 302 do que na sexta-feira).
A faixa etária mais afetada é a dos 40 aos 49 anos (1.928), seguida dos 50 aos 59 anos (1.908), dos 30 aos 39 anos (1.567) e dos 60 aos 69 anos (1.396).
Há ainda 150 casos de crianças com idades até aos nove anos, 252 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos e nas idades entre os 20 e os 29 anos há 1.083 casos.
Os dados indicam também que há 999 casos de pessoas com idades entre os 70 e os 79 anos e 1.242 com mais de 80 anos.
Segundo o relatório da DGS, 156 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 112 de França, 62 do Reino Unido, 40 dos Emirados Árabes Unidos, 41 da Suíça, 29 de Itália, 23 de Andorra, 19 dos EUA, 18 do Brasil, 16 dos Países Baixos, 14 da Austrália, 11 da Argentina, nove da Bélgica, nove da Alemanha, seis da Áustria, cinco do Canadá e um de Cabo Verde.
O boletim dá ainda conta de três casos importados da Índia, três de Israel, dois casos do Egito, dois da Irlanda, dois do Luxemburgo, dois da Jamaica e outros dois da Tailândia.
Foram ainda importados um caso do Chile, Cuba, Dinamarca, Indonésia, Irão, Malta, Maldivas, Noruega, Paquistão, Polónia, Qatar, República Checa, Suécia, Ucrânia e Venezuela.
Segundo a DGS, 60% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 47% febre, 32% dores musculares, 28% cefaleias, 25% fraqueza generalizada e 18% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 78% dos casos.
A covid-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
Portugal, onde o primeiro caso foi confirmado a 02 de março, está já na terceira e mais grave fase de resposta à doença (Fase de Mitigação), ativada quando há transmissão local, em ambiente fechado, e/ou transmissão comunitária.
Detetado em dezembro de 2019, na China, o novo coronavírus já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 59 mil.
Dos casos de infeção, mais de 211 mil são considerados curados.