Oficiais de Justiça fecham Tribunal de Braga

Greve
Foto: Joaquim Gomes / O MINHO

Os oficiais de Justiça do Tribunal Judicial de Braga fizeram greve na tarde desta quarta-feira, com início às 13:30, paralisando a maioria das diligências judiciais nesse período, tendo apenas sido realizadas algumas que envolviam arguidos presos.

A greve, que não foi convocada por nenhum dos dois sindicatos do setor, incluiu uma concentração à porta de entrada do edifício, e uma manifestação em que a palavra de ordem foi, precisamente, a de pedir “Justiça”.

Em declarações a O MINHO, Mário Amorim, um dos grevistas, explicou que há 24 anos que está na função de escrivão-adjunto, já que os concursos e as promoções, para subir de posto, estão paralisados.

“Está aqui ao lado uma colega que há 14 anos que não sai da mesma categoria e que leva 900 euros para casa, o que não dá para as despesas”, salientou, frisando que é hora de o Governo resolver o problema e reconhecer os direitos dos oficiais de justiça.

Disse, ainda, que faltam funcionários na comarca pelo que a administradora-judicial se vê na obrigação de, por exemplo, levar funcionários de Braga para Famalicão ou Guimarães, sempre que tal se impuser. “Somos obrigados a aceitar, sem nenhuma compensação”, vincou.

Em 2022 e agora em 2023, os profissionais do setor judicial, têm vindo a exigir mais contratações, descongelamento das progressões nas carreiras e a inclusão no vencimento do suplemento de recuperação processual, neste caso, com efeitos a partir de 01 de janeiro de 2021, para o pagamento de 14 prestações anuais.

Hoje, e com a greve, não se realizaram dois julgamentos tidos como “importantes”, o da extinta Associação Industrial do Minho – que decorre em Barcelos – e um outro em que uma advogada de Braga vai ser julgada por burla a clientes.

 
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