O internacional mexicano Ochoa revelou ter uma proposta de renovação do AVS, a quem elogiou o esforço dos dirigentes, mas adiou a resposta até ficar definida a situação da equipa na I Liga de futebol.
“O presidente já me fez a proposta para renovar, vamos ver o que acontece. O futebol reserva sempre muitas surpresas, mas primeiro queria deixar o AVS na primeira divisão. Não sei ainda”, começou por dizer Ochoa, em declarações à agência Lusa.
As dúvidas do guarda-redes do AVS dissipam-se ao recordar a chegada ao clube, no fecho do mercado, quando tinha propostas do Irão, Eslovénia, Eslováquia e até da Argentina.
“Quando um clube acredita 100% em ti, dizendo que precisa de um guarda-redes experiente para jogar e ajudar, isso, às vezes, é mais importante do que o dinheiro. Estávamos no fim do mercado, e a decisão foi fácil”, recordou, admitindo que a escolha também o aproximou da família, que reside em Madrid.
Ochoa não poupou elogios ao clube, “pequeno e humilde”, mas “com muita vontade de crescer e fazer as coisas bem” no ano de estreia na principal liga.
“Tem a capacidade de contratar jogadores de qualidade, procura dar as melhores condições e é cumpridor. O presidente tenta fazer tudo bem numa liga intensa e difícil, com jogadores tecnicamente muito fortes, onde os jogos são quase sempre equilibrados e podes vencer”, sublinhou.
O experiente guarda-redes reconheceu “mais dificuldades frente ao SC Braga e, especialmente, contra os ‘grandes’”.
“O Sporting vive um momento de mudança, mas tem muita qualidade individual. Já o Benfica, pela muita qualidade que possui, pode ganhar qualquer jogo”, analisou, considerando que “Sporting e Benfica estão um bocadinho à frente do FC Porto”.
Do que já viu no campeonato, Ochoa destaca que “Samu está apenas no início da carreira” e elogia um “Pavlidis muito forte”, mas reserva os maiores elogios para Gyökeres, “um avançado potente, sempre focado na baliza e capaz de decidir um jogo sozinho”.
Em relação aos seus colegas de baliza, o internacional mexicano elogiou Trubin, destacando o seu apreço por ele.
Recordou “com carinho” as “muitas qualidades de Rui Silva”, seu ex-companheiro no Granada, e, por fim, defendeu que “o Diogo Costa deveria deixar o FC Porto para continuar o seu crescimento”.
Sobre o AVS, estreante na I Liga, Ochoa acredita que a equipa tem qualidade para garantir a permanência.
“Temos uma equipa experiente e de qualidade, com jovens talentosos e ambiciosos. Agora estamos mais entrosados e conhecemos melhor os colegas. Acredito que podemos terminar entre os oito e os 12 primeiros”, analisou.
Para alcançar esse objetivo, a equipa, atualmente em posição de play-off de manutenção, precisará ascender algumas lugares e superar os desafios naturais de um ano de estreia no campeonato principal, agora sob a orientação de Rui Ferreira, o terceiro treinador desde o início da temporada.
“Quando sobes de divisão e mudas muitos jogadores, precisas de tempo para formar uma equipa. Se vences, tudo se torna mais fácil, mas, se os resultados não aparecem e há trocas de treinador, a situação complica-se. A primeira mudança necessária é na intensidade, depois é essencial fazer os jogadores acreditarem na mensagem. Se os primeiros resultados forem positivos, a confiança cresce naturalmente”, concluiu.