José Miguel Silva
27 anos, jurista e antigo presidente da JP Famalicão
Torno público que apresentei a minha demissão da Presidência da JP Famalicão.
Quem me conhece sabe o quanto custou ter de pôr fim a um projecto em que dei tudo, cujos resultados os famalicenses saberão avaliar melhor que eu.
Saio em total ruptura com o presidente concelhio do CDS Dr. Ricardo Mendes cuja condução do processo autárquico foi vergonhoso e deplorável.
Há projectos que fazem sentido quando acompanhados e apoiados.
Há projectos que fazem sentido quando todos remam para o mesmo lado.
Há projectos que só se justificam quando há confiança entre todos os seus interlocutores.
O projecto da JP Famalicão tinha tudo para ser um desses casos, como aliás sucedeu ao longo de cerca de 3 anos.
Mas hoje e ao fim de 4 anos demito me de presidente da JP no sentido de preservar a instituição que muito prezo e á qual muito devo para permitir que a mesma cresça sem sofrer pressões e ingerências do CDS de Famalicão e em especial do seu presidente.
O presidente do CDS e vereador municipal desde cedo demonstrou desconsiderar a JP da qual foi presidente no final do século passado, tendo sido força de bloqueio e de destabilização interna talvez numa lógica de dividir para reinar.
Em todos estes anos nunca o vi de forma desinteressada a apoiar os jovens e a juventude, muito menos a cumprir os estatutos do próprio partido.
Aquele que se prepara para se tornar o vereador mais antigo do próximo executivo camarário, poderá ter muitos méritos mas todos eles são desconhecidos para mim, a não ser o facto de desrespeitar os estatutos do próprio partido e também de imagine-se nomear um mero vogal da comissão política da juventude popular, Francisco Alves para liderar um processo que foi desastroso para a própria juventude popular e para a juventude famalicense nos próximos quatro anos.
Eu, como não concordei com tamanha falta de respeito apresentei a minha demissão, tendo avisado com a devida antecedência que o faria.
Até porque há convites que uma vez aceites dizem mais de quem os faz do que propriamente de quem os aceita.
Não vou deixar de pensar como sempre pensei e por isso desengane-se quem achar que vou mudar de partido.
Informo também que não estarei disponível para dar mais explicações senão estas seja a quem for.
Como alguém disse uma vez “Os homens podem dividir-se em dois grupos. Os que seguem em frente e fazem alguma coisa e os que vão atrás a criticar”.
Nesta matéria os famalicenses, e em especial os jovens saberão certamente quem é quem.