As obras de reabilitação do bairro social de Arcozelo, em Barcelos, deverão arrancar dentro de um mês, informou hoje o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).
Em nota enviada, o IHRU acrescenta que, neste momento, está em curso o procedimento de adjudicação da coordenação de segurança para fiscalização da obra.
“Logo que o processo esteja concluído, o que se espera no prazo de 30 dias, o IHRU avançará com as obras de reabilitação dos 10 edifícios que constituem o bairro, num total de 58 fogos habitacionais”, refere a mesma nota.
O PSD de Barcelos criticou hoje, em comunicado, o “atraso” do início das obras de reabilitação daquele bairro, que diz que estava previsto para abril de 2016.
A situação de degradação do bairro foi igualmente levada à última sessão da Assembleia Municipal de Barcelos, pela bancada do Bloco de Esquerda.
Segundo um comunicado da Câmara de Barcelos, emitido em inícios deste ano, as obras vão custar 560 mil euros e constituirão a primeira intervenção “de fundo” naquele complexo habitacional desde a sua construção, em 1973.
O comunicado acrescentava que a obra “deverá ser financiada, na sua quase totalidade”, no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) do município.
A intervenção passará pela execução de cobertura com isolamento térmico, aplicação de isolamento térmico nas fachadas e pinturas, substituição das caixilharias e colocação de estores, remodelação das áreas comuns e trabalhos diversos de eletricidade.
Em abril de 2015, o então deputado socialista Manuel Mota levou à Assembleia da República o caso daquele bairro, alertando para os “muitos e graves problemas” de habitabilidade e higiene.
Em requerimento dirigido ao ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Manuel Mota referia que os problemas daquele bairro vão desde a queda de beirais dos telhados à “imensa” humidade nas casas, devido a infiltrações “que provocam problemas a nível respiratório”.
O deputado socialista falava ainda em “edifícios degradados e com fissuras, telhados que carecem de uma substituição quase total e cabos elétricos expostos pondo em perigo os moradores”.
O parlamentar sublinhava a degradação das condições de vida dos habitantes naquele bairro, “maioritariamente pessoas de idade avançada e com significativas limitações de saúde e económicas”.
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