Obras de 2,5 milhões alargam parque perante procura empresarial em Paredes de Coura

Parque Industrial de Formariz

A Câmara de Paredes de Coura quer investir cerca de 2,5 milhões de euros na expansão da área do parque industrial de Formariz, face ao interesse de novas empresas, atraídas pela construção do acesso à Autoestrada 3 (A3).

“A nova ligação da A3 ao parque industrial de Formariz é que tornou possível a captação de novas empresas que permitirão a diversificação das atividades industriais, para além dos setores automóvel e do calçado, e o começo da criação de emprego ligado à investigação, ao conhecimento e à tecnologia”, afirmou, esta terça-feira, o presidente da Câmara de Paredes de Coura, Vítor Paulo Pereira.

Em causa está a criação de um acesso rodoviário, reclamado há duas décadas, com cerca de 8,8 quilómetros, para ligar o parque empresarial de Formariz, em Paredes de Coura, à A3, (nó de Sapardos – Vila Nova de Cerveira), no distrito de Viana do Castelo.

O novo acesso representa “um investimento de 9,5 milhões de euros, 85% suportado pelo orçamento da IP e os restantes 15% pelo município, que assumirá os cerca de 800 mil euros para as expropriações”.

Em declarações à Lusa, a propósito da publicação em Diário da República (DR) de um despacho do ministro do Ambiente a declarar o “Relevante Interesse Público (RIP)” da construção da ligação rodoviária daquele parque industrial à A3, que a Infraestruturas de Portugal prevê iniciar “no segundo trimestre”, o autarca socialista explicou que a expansão projetada “está praticamente vendida”.

Já o vice-presidente da Câmara, Tiago Cunha, explicou à Lusa que o investimento na expansão e requalificação do parque empresarial de Formariz, que vai crescer 7,5 hectares, foi candidatado no final de dezembro a fundos comunitários, estimando uma decisão sobre a sua aprovação para o final deste mês.

Tiago Cunha adiantou aquele parque empresarial “tem, atualmente, uma área de 24,8 hectares e que, com a expansão prevista, atingirá os 32,8 hectares”.

“A intervenção candidatada prevê a criação de 65 novos lotes, sendo que 62 serão destinados a ocupação industrial e três a espaços verdes e equipamentos”, disse.

Há mais de três décadas que autarcas e empresários da região vêm reclamando a construção daquele acesso para promover a competitividade das empresas instaladas naquela zona empresarial como, por exemplo o Grupo Kyaia, empresa portuguesa do sector do calçado (detentora das marcas Fly London e Foreva), implantada em Paredes de Coura há mais de 25 anos e com 250 trabalhadores.

Também reclamam o acesso a Doureca, do Grupo Dourdin, do setor automóvel, que dispõe de duas unidades fabris de produção e que emprega cerca de 300 trabalhadores, a ValverIbérica e a ValverPortugal, que produzem artigos plásticos e acessórios para a indústria automóvel, com 100 trabalhadores, o grupo Transcoura, que emprega 130 pessoas.

A Akwel, de componentes para indústria automóvel, com cerca de 200 trabalhadores, que apesar de instalada na zona industrial de Castanheira também “vai beneficiar daquele acesso por ver reduzido o percurso e por garantida maior segurança rodoviária à futura ligação”, sustentou o vice-presidente.

 
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