Obra de 360 milhões com grupo de Famalicão liberta Gaia este ano e ocupa Douro do verão até 2027

Construção da Ponte Ferreirinha
Foto: Metro do Porto

A construção da Linha Rubi do Metro do Porto deverá ocupar o rio Douro no verão, para a construção da Ponte Ferreirinha até 2027, e desimpedir algumas vias em Gaia ao longo do ano, disse à Lusa um responsável.

A obra, adjudicada em outubro de 2023 pela Metro do Porto, está a cargo do consórcio luso-espanhol entre a famalicense Alberto Couto Alves (ACA) e as empresas espanholas FCC Construcción e Contratas y Ventas, num investimento de quase 380 milhões de euros.

“Na ponte Ferreirinha estamos a construir as fundações dos principais pilares e das escoras que vão suportar o tabuleiro. Temos os pilares mais simples e os encontros já concluídos ou em fase de conclusão. Contamos em breve começar a construir tabuleiro – o primeiro tramo do tabuleiro, do lado de Gaia, que será o tabuleiro com menor altura ao solo”, explicou à Lusa o engenheiro Pedro Araújo, gestor do contrato da empreitada da Linha Rubi (Casa da Música – Santo Ovídio) para a Metro do Porto.

Segundo o responsável, que falava no estaleiro da estação Campo Alegre, o objetivo é “de seguida fazer ocupações no rio Douro para a construção de pilares provisórios, que vão auxiliar a construção da ponte, e começar a elevar os pilares principais”.

Perante o facto do prazo inicialmente previsto ser o final de 2026, fonte oficial da Metro do Porto disse à Lusa que em causa, em 2027, estarão sobretudo acabamentos na ponte, e que o prazo do resto da obra mantém-se para 2026.

Questionado sobre os prazos, Pedro Araújo reconheceu que tal “é um grande desafio”.

“Não escondemos, fazemos tudo o que é possível fazer para perseguir esse objetivo e vamos continuar a fazê-lo até ao final. É isso que nos norteia no dia-a-dia”, vincou.

ACA conta com mais de 2.000 colaboradores

Com sede em Famalicão, a Alberto Couto Alves (ACA) é uma das três empresas envolvidas no consórcio e atua nas áreas das infraestruturas (estradas e pontes) e em áreas de construção civil, requalificação urbana, vias de comunicação, edifícios residenciais, hotelaria, reabilitação, geotecnia, obras fluviais, paisagismo, infraestruturas desportivas, sistemas de água e gestão de resíduos. 

Fundada em 1982 pelo empresário famalicense com o mesmo nome, conta com mais de 2.000 colaboradores e prevê um volume de negócios de 350 milhões de euros. Há 41 anos que Alberto Couto Alves é o administrador principal da empresa. 

Desde a instalação de uma central de britagem em Fafe, no ano de 1990, a  ACAtornou-se uma multinacional, atuando em Angola, Marrocos, Brasil, França, Argélia, Polónia, Camarões, São Tomé e Príncipe e, mais recentemente (2021), na Bolívia. 

A empresa “assume-se hoje como um dos mais relevantes players portugueses no setor da construção, face à diversidade e excelência do seu vasto portfólio de obras”, pode ler-se no seu ‘site’.

 
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