Moussa Marega, futebolista que está no epicentro da atenção mediática depois de ter abandonado o relvado do Estádio Dom Afonso Henriques, em Guimarães, este domingo, por alegados insultos racistas, já reagiu ao caso que tem marcado a ordem do dia.
Em entrevista a uma emissora francesa [RMC], o maliano do FC Porto confessa estar a ser alvo de muito apoio: “Os meus companheiros não compreenderam a minha reação, mas ficaram chocados com o que aconteceu. Foram reações de amigos, que me tentarem acalmar. Conhecem-me muito bem. Fui para casa. Recebi muitas mensagens, dão muita-me força, uma força incrível. Agradeço a todas as pessoas”.
“Foram comportamentos muito duros. Disse-lhes [aos colegas de equipa] que não valia a pena e não consegui jogar nesse terreno. Os insultos começaram no aquecimento. Ao início eram só três pessoas a gritar comigo. É impossível jogar um jogo assim”, disse.
Recordou ainda o período que jogou no Minho: “Joguei no Guimarães [Vitória SC], sempre respeitei o clube e os adeptos. É uma cidade e um clube que já me deu muito. Ficámos em quarto lugar, tivemos acesso às competições europeias, devo muito a este clube. Sempre que marquei golos contra o Guimarães [Vitória SC] nunca festejei”.
O avançado maliano do FC Porto Marega pediu para ser substituído, este domingo, ao minuto 71 do jogo da 21.ª jornada da I Liga, no terreno do Vitória SC, por alegados cânticos racistas dos adeptos da formação vimaranense, numa altura em que os ‘dragões’ venciam por 2-1, resultado com que terminaria o encontro.
Depois de pedir a substituição, Marega apontou para as bancadas do recinto vimaranense, com os polegares para baixo, numa situação que originou uma interrupção de cerca de cinco minutos.