Declarações após o jogo Boavista-Vitória SC (0-1), dos oitavos de final da Taça de Portugal de futebol, disputado no Estádio do Bessa, no Porto:
Luís Castro (treinador do Vitória): “A chave da vitória esteve na forma como nós reagimos após a expulsão, porque ganhámos, porque se tivéssemos perdido, já tinha sido uma má reação. O futebol é visto assim, pelo resultado, mesmo que a equipa tivesse tido a mesma atitude.
Quando ficámos sem uma unidade no meio, tivemos de juntar o André André ao Wakaso e de baixar os nossos alas, ficámos com uma linha de quatro e tivemos um problema até ao intervalo, que foi aquele espaço entre a nossa defesa e essa linha de quatro do meio, o que permitia que alguns jogadores do Boavista se metessem entre essas linhas.
Ao intervalo, fizemos essa retificação, mas sem recuar a última linha, porque preferimos dar profundidade ao adversário do que dar-lhe esse espaço entre as duas linhas de quatro. Ao fazermos isso, nunca deixámos de ter a baliza do Boavista na nossa cabeça, tanto assim que fomos lá várias vezes e que a posse de bola ficou-se pelos 52 contra 48 por cento.
Pêpê [que substituiu André André ao intervalo por lesão] trabalha muito ao longo da semana e cumpriu na íntegra tudo o que lhe foi pedido. É um jogador de gestão de bola, um grande pivô.
O segredo da vitória foi termos trabalhado muito até hoje, o que nos permitiu estar há 11 jogos seguidos sem perder. Não há segredos, as vitórias são sempre assentes em trabalho.
Percebi que iriam estar em confronto duas equipas com grande organização defensiva e que as oportunidades de golo não seriam em grande número. Portanto, o resultado iria ser apertado.”
Jorge Simão (treinador do Boavista): “Mesmo com onze contra onze fomos melhores, tivemos iniciativa e não só depois da expulsão.
Depois da expulsão, o que provoca na equipa adversária é que ela baixe as linhas e povoe muito mais as zonas próximas da área e fique a apostar em lançamentos longos e bolas paradas e pingadas na área para poderem procurar o golo, que surgiu na sequência de uma dessas bolas, na sequência de lançamento de linha lateral.
Nem sempre com a melhor lucidez, porque olhávamos para o relógio e ele não para, os jogadores tiveram mérito, porque criaram situações de golo.
O futebol é cruel por isso, porque se uma equipa trabalha e conquista tanto e não é premiada o resultado tem muito de cruel.
Se o jogo fosse resolvido por pontos acumulados no decurso do jogo nós dávamos goleada.
É um desfecho duro e mais duro ainda por sentirmos que fomos melhores do que o adversário, porque se fosse uma vitória limpa do Vitória, só nos tínhamos que nos resignar, mas não foi e sentimo-nos muito frustrados por este resultado.
A realidade acaba às vezes por nos cuspir na cara e só temos de enfrentá-la.”
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