O presidente da Câmara de Famalicão reagiu às agressões registadas, na madrugada desta terça-feira, nas urgências do hospital local por um grupo de 10 pessoas contra a equipa de serviço e salientou que vai promover, com carácter de urgência, a realização de uma reunião extraordinária do Conselho Municipal de Segurança.
“O que aconteceu esta madrugada nas urgências do Hospital de Famalicão não pode ser tolerado. Estou solidário com os profissionais de saúde do Centro Hospitalar. Espero que a situação não fique impune. Não pode ficar impune!”, escreveu o autarca na sua página de Facebook.
Em comunicado, a autarquia salienta que o objetivo da reunião é “fazer uma avaliação, junto das forças de segurança do concelho, das diligências necessárias para que se evitem episódios semelhantes no futuro”.
“Caso se venha a verificar um problema de escassez de meios necessários para acudir a este tipo de situações, o autarca pondera fazer uma interpelação junto do Ministério da Administração Interna alertando para o estado das forças de segurança no concelho e exigindo mais meios”, refere a mesma nota, enviada pela Câmara de Famalicão.
Como O MINHO noticiou, um grupo de cerca de 10 pessoas “irrompeu”, na madrugada de hoje, nas Urgências do Hospital de Famalicão e agrediu um elemento da segurança e profissionais de saúde, provocando três feridos.
Em comunicado, o Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) refere que o episódio foi registado pelas 03:30, quando o grupo entrou “de forma agressiva” no Serviço de Urgência, acompanhando uma mulher.
Segundo a rádio Cidade Hoje, o grupo trazia uma jovem que, alegadamente, necessitava de assistência médica e exigiu entrar na área reservada aos doentes e pessoal médico.
Depois de lhes ser negada a entrada, vários elementos partiram para as agressões e destruição daquele espaço.
“Quando solicitados a acalmarem-se pelo elemento de segurança, agrediram-no com violência, forçaram a entrada no serviço e, quando de novo lhes foi pedida calma, agrediram os profissionais de saúde que se aproximaram, tendo provocado ferimentos com alguma gravidade em dois profissionais”, acrescenta.
Entretanto, em comunicado, a PSP adiantou que “das agressões resultaram ferimentos num enfermeiro e num funcionário de uma empresa de segurança privada, que prestam serviço no hospital, bem como danos na porta de acesso ao respetivo serviço de urgência”.
A PSP adianta que “não foi possível identificar nem deter os eventuais agressores, por os mesmos terem fugido do local”.
A polícia afirma estarem “em curso diligências” para identificar os suspeitos.
No comunicado, a PSP apela a que todos os cidadãos respeitem o trabalho e a integridade física dos profissionais de saúde, bem como dos polícias e funcionários das empresas de segurança privada, “que contribuem para o bem-estar e segurança da sociedade em que vivemos”.
O CHMA, por seu turno, condena “veementemente” o comportamento dos agressores.
“Para além dos danos materiais que causaram, são intoleráveis as ações violentas contra vários profissionais que educadamente procuraram assegurar a ordem necessária para prestarem cuidados de saúde.”, sublinha.
O CHMA manifesta-se solidário com os seus profissionais, “a quem está a ser prestado todo o apoio, e está a promover todas as diligências necessárias para agir judicialmente” contra os agressores.
Notícia atualizada às 17h16 com comunicado da Câmara de Famalicão.