Declarações dos treinadores do Gil Vicente e do Rio Ave, Ivo Vieira e Luís Freire, no final da partida da sétima jornada da I Liga portuguesa de futebol, que terminou com um empate por 2-2.
Ivo Vieira (treinador Gil Vicente): “Na primeira parte só houve uma equipa a querer ganhar que foi o Gil Vicente, mas não conseguimos decidir da melhor maneira. O Rio Ave marcou um golo no único remate que fez à baliza. Foi uma pancada forte antes do intervalo. Na segunda parte entramos a dominar e a querer ganhar o jogo, mas acabámos por sofrer o segundo golo.
Tenho de destacar o comportamento dos atletas que, com a ajuda dos nossos adeptos, lutaram por um resultado que era muito injusto até então. O Gil Vicente foi muito melhor e superior ao Rio Ave, mas não teve a sorte do jogo. Gostei muito do comportamento da equipa. Produzimos o suficiente para sair daqui com outro resultado.
Não estou satisfeito com o resultado, mas estou contente com a exibição. Se tomarmos melhores decisões ofensivas, acho que vamos crescer de forma sustentável. Os golos que sofremos são algo consentidos e eu assumo a responsabilidade. Há determinados momentos do jogo que a concentração tem de ser mais elevada.
[sobre regresso e golo de Murilo] É um momento de felicidade para o atleta e de grande alegria para o grupo. Perante o sacrifício que ele fez, com uma paragem de nove meses, o Murilo é um excelente atleta, mas é um super-homem como pessoa”.
Luís Freire (treinador do Rio Ave): “Arriscámos numa equipa um pouco diferente, com jogadores que chegaram há menos tempo, mas tivemos muitas contrariedades ao longo do jogo. Não entrámos bem, o Gil Vicente conseguiu ter mais bola e não foi uma boa primeira meia hora da minha equipa. No final da primeira parte, onde estivemos ligeiramente por cima, acabamos por fazer o primeiro golo.
Na segunda parte, entrámos melhor, já conseguimos fazer um jogo normal e ter mais espaço para jogar. Fizemos o 2-0, já depois de fazermos algumas alterações. De 11 para 11 não perdíamos este jogo. Estávamos bem a defender e o Gil Vicente, apesar de ter mais bola, não conseguia criar perigo.
Com a expulsão do Guga, depois da lesão de Josué, tivemos de meter o Samaris a central, de recurso. O Gil acaba por marcar um golo nas costas da defesa, que não está rotinada, e depois, não há palavras para descrever.
O Fábio Ronaldo levou um soco do Kevin Medina, que tinha de ser expulso. Ainda assim, foi o meu jogador que teve sair e com nove jogadores em campo sofremos o empate. Podíamos ter jogador melhor, e conquistar um ponto foi uma mau menor”