“O futebol nem sempre é justo, a vida não é justa”

Hugo Oliveira

Declarações após o jogo Nacional-Famalicão (2-1), da 24.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje no Estádio da Madeira, no Funchal:

– Hugo Oliveira (treinador do Famalicão): “É um sentimento de frustração, perante um jogo em que o empate já seria injusto.

Depois de uma entrada que não foi ao nosso nível, demasiado à procura de adaptação ao relvado, às características do adversário, a correr demasiado atrás deles e menos do nosso jogo e dos nossos posicionamentos, levantámos a cabeça e acabámos por fazer o nosso jogo.

Fizemos o golo, podíamos ter feito mais, deveríamos ter feito mais, e criámos situações para isso, mas, depois, na parte final, sabíamos que, com as bolas longas do Nacional, estas coisas podem acontecer.

O futebol nem sempre é justo, a vida não é justa. Tira, mas depois também dá, e nós temos a consciência que nos vai acabar por dar em outra altura.

Já em momentos mais difíceis, em momentos melhores, fomos sempre fiéis aos nossos princípios e à nossa forma de estar. Se hoje não estivemos tão bem, foi porque fugimos um bocadinho a essa forma de estar. Sabemos o caminho, temos que o seguir, temos de continuar a trabalhar nesse sentido e isto não vai beliscar em nada”.

– Tiago Margarido (treinador do Nacional): “Há duas semanas, sofremos um golo no último minuto. Esta semana, tivemos a felicidade de o fazer, o que nos confere três pontos.

Portanto, penso que devemos ressalvar a nossa crença até ao último minuto. A equipa trabalhou, mesmo quando o tempo já estava a escassear, acreditámos até ao fim e fomos felizes. Merecíamos muito esta felicidade.

Enquanto o relvado esteve em condições normais, conseguimos ser superiores ao adversário, procurámos fazer o nosso jogo. Depois, à medida que o tempo foi passando, o relvado foi ficando pesado e mastigado e, aí, com a grande qualidade que tem, o Famalicão conseguiu, através dos duelos individuais, num jogo mais anárquico, criar algum ‘frisson’.

[Substituições decisivas] O que foi fundamental foi a atitude com que os jogadores entraram. Isso é o que me preocupa enquanto treinador, que eles deem tudo pela equipa quando entrem. O [Chiheb] Laabidi e o Fuki [Yamada] entraram com essa predisposição, com a energia que precisávamos. Mesmo sem o relvado na forma que eles preferem, para conseguirem um jogo mais ligado, adaptaram-se e foram muito eficazes nas suas ações”.

 
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