“O empate é justo”

Rui Borges. Foto: Moreirense FC / Arquivo

Declarações após o Moreirense – Boavista (1-1), jogo da oitava jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos, Guimarães:

Rui Borges (treinador do Moreirense): “O empate é justo. Não deixámos de ser o Moreirense que temos sido. Tentámos ser os mesmos, mas o jogo não teve tanto como desejávamos. Na primeira parte, [o Boavista] foi feliz no golo. Tivemos algumas ocasiões, mas nunca conseguimos ser tão pressionantes como costumamos ser.

Não senti a equipa tão proativa como noutros jogos. Senti-a mais reativa. Deixámos entrar o jogo nos duelos. Além de ter qualidade defensiva e ofensiva, o Boavista é muito forte nos duelos. Não fomos capazes de anular algum espaçamento entre linhas na primeira parte. Depois entrámos numa fase em que falhámos muitos passes. Chegámos ao empate com justiça, com um bom remate do André [Luís].

Ao intervalo, tentámos condicionar o Boavista de outra forma. Foi um jogo em que foi difícil pressionar. Foi o jogo em que fomos menos capazes nesse sentido. Tentámos não deixar partir o jogo. Eles tiveram oportunidades pelo Bozeník. Tivemos a melhor oportunidade pelo Aparício. Foi um jogo com muito respeito de parte a parte. Olhámos para o Boavista como uma equipa que tem feito um excelente campeonato até aqui. E acho que viram o mesmo no Moreirense. Estou feliz pelo compromisso da equipa.

Acredito sempre [que posso ganhar]. Acredito muito no meu trabalho. E mais do que acreditar no meu trabalho, acredito na equipa. Nesses jogos ‘grandes’ [com FC Porto, Sporting de Braga e Sporting, que o Moreirense perdeu], não fomos superiores. Em alguns momentos, essas equipas foram capazes de se superiorizar a nós. Queremos ganhar, mas, do outro lado, também estão equipas com qualidade. A nossa ambição é grande, mas queremos conseguir o primeiro objetivo [a manutenção]. Por norma, as equipas que sobem têm dificuldades em manter-se. Temos de continuar a ser os mesmos e de melhorar ainda mais.”

Petit (treinador do Boavista): “Ia ser um jogo difícil, com contra uma equipa bem trabalhada, a nível defensivo e ofensivo, com uma base que vinha da época passada. Temos visto o Moreirense a praticar bom futebol e a perder jogos pela margem mínima contra o FC Porto [2-1] e o Sporting de Braga [3-2]. Era um jogo difícil. Não entrámos bem. O Moreirense foi mais intenso e pressionou-nos. Tivemos algumas falhas, mas chegámos ao golo. Aos poucos começámos a encontrar-nos.

A vantagem foi curta. O Moreirense não baixa com os três [jogadores] da frente para criar perigo na transição e marcou num lance assim. Depois tivemos um lance para marcar [o 2-1] pelo Robert Bozeník e o Moreirense teve um remate que o João [Gonçalves] defendeu. Não foi um jogo com muitas oportunidades na primeira parte. Na segunda, também não. Temos as duas oportunidades flagrantes pelo Robert [Bozeník]. Poderíamos ter levado os três pontos. Foi um jogo muito equilibrado, mas tivemos as oportunidades mais flagrantes. Defrontámos um bom adversário.

O Makouta, antes de vir para Portugal, jogou na Bulgária naquela posição [ala esquerdo]. Gosta de vir para dentro, de rodar e acelerar o jogo. É um jogador diferente do [Tiago] Morais e do Salvador [Agra], mas temos de ajustar o ‘onze’. Fez aquilo que lhe foi pedido.

O Berna [Conceição] tem vindo a evoluir, a trabalhar. É um jogador agressivo e intenso. Quisemos refrescar aquele lado para ajudar o Salvador numa posição que não é a dele [a de lateral direito]. Coloquei o Luís [Santos] porque é forte no um para um e o Martim [Tavares] em vez do Robert para refrescar o ataque. Nunca lamentamos as ausências.

O Robert [Bozeník] não resolve todos os jogos. Teve um bom início de campeonato. Os avançados vivem dessa confiança. Tirando os candidatos ao título, um avançado com 13 ou 14 golos numa outra equipa faz uma boa época.”

 
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