Uma nuvem, ao que tudo indica criada por um incêndio na zona do Douro, é visível a vários quilómetros de distância, causando agitação por entre quem anda na rua e se depara com tal visão.
Em imagens enviadas a O MINHO a partir da praia do Faial, em Prado, Vila Verde, é possível ver-se a nuvem ganhar diferentes dimensões conforme se dispersa.


Ao que O MINHO apurou junto do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, e sem dar a certeza definitiva pois seria necessário um estudo mais profundo, trata-se de uma nuvem pirocumulus, originada pelo calor de um incêndio que deflagrou no distrito de Vila Real.
Paula Leitão, meteorologista de serviço, consultou as imagens satélite do IPMA e identificou apenas uma nuvem na zona norte, sendo a originada pelo tal incêndio, que situa “entre a zona do Porto e Vila Real”, sem saber precisar.

De acordo com a página da Proteção Civil, é possível que a nuvem tenha origem num incêndio que decorre em Andrães, no município de Vila Real, sendo essa a localização próxima da que a especialista do IPMA apontou.
Paula Leitão explica que a nuvem desenvolveu-se “mais ou menos para lá de Vila Real”, que está longe do Minho, mas que é possível ser visível a essa distância.
Apesar de necessitar de uma “pesquisa mais profunda”, Paula Leitão explica que não será outro tipo de nuvem, nomeadamente a cumuloninbus, essa associada a instabilidade meteorológica, por não ter “desenvolvimento vertical suficiente”.

“Na imagem satélite vemos a área que a nuvem ocupa e teria de ser maior e subir ainda mais alto para ser uma nuvem cumuloninbus, por isso tudo indica que será uma pirocumulus causada por esse incêndio. Neste caso, é o próprio fogo que dá origem a uma nuvem por causa do calor”, concluiu a meteorologista do IPMA.
Segundo a página da Proteção Civil, às 19:30 estavam mobilizados para o combate a este fogo 251 operacionais, 70 veículos e 11 meios aéreos.
O alerta para o fogo foi dado às 14:23 na zona de São Cibrão, concelho de Vila Real, tendo progredido para Sabrosa.