Artigo Patrocinado por
O número de crédito para consumo de automóveis cresceu muito em Portugal no ano de 2018. Já no começo do mesmo, no mês de maio, bateram-se recordes na concessão de créditos, com um número de quase 290 milhões de euros e mais de 20 mil contratos. Para referência, o valor concedido cresceu em mais de três vezes em um período de 5 anos.
Ao passar de cada dia mais portugueses adquirem carros próprios, numa aceleração que não parece ter fim, e a concessão de créditos tem sido uma das principais formas que permitiram este crescimento de vendas. Se tu também procuras uma forma de adquiri o teu carro, tua moradia própria, ou quaisquer outros sonhos que possuas, é possível conseguir um crédito pessoal rápido com Coolfinance.
Análise dos Dados
Desde o começo do mês de janeiro de 2018 e até ao mês de outubro o número total do montante dos empréstimos destinado ao consumo em geral ultrapassou 6.088 milhões de euros. Este valor ultrapassa em 673 milhões de euros o de mesmo período do ano de 2017, além de conseguir ultrapassar os valores de concessão de crédito do ano de 2007, que antecedeu a crise financeira internacional de 2008.
Focando-se no consumo de automóveis, a concessão de crédito, no seu montante total, representou quase metade do fluxo total dos créditos contratados para consumidores em 2018. Para que tenha uma referência, ainda no início do ano, entre janeiro de maio de 2018, houve um crescimento de mais de 89 mil empréstimos de consumo para automóveis, com uma média de cerca de 600 empréstimos por dia.
Já no período de outubro de 2018 houve um aumento de 18.327 novos créditos aos consumidores para automóveis referentes ao mês anterior, o que se traduz num aumento de 1,2%, demonstrando um crescimento de número oscilante, porém constante na sua natureza.
O Mercado de Automóveis
O aumento na concessão de créditos para o consumo criou, consequentemente, um crescimento de vendas no mercado automobilístico. Segundo informações da Associação Automóvel de Portugal, no período entre janeiro e novembro de 2018 foram vendidos cerca de 212.113 veículos ligeiros, com um crescimento de 3,4% em relação ao mesmo período de 2017. Com isso, 2018 se apresenta, até o presente momento, como o melhor ano para o seguimento em mais de uma década.
Uma grande parcela destas compras foram realizadas através da concessão de crédito, com boa parte dos contratos das mesmas ultrapassando o valor de 14 mil euros.
Entender a Situação
No seu Relatório de Estabilidade Financeira o Banco de Portugal procurou explicar a situação. Segundo eles, o aumento do crédito de consumo se dá à melhoria das condições encontradas no mercado de trabalho em Portugal, como o crescimento da economia e a redução do desemprego, o que causou o aumento da confiança dos consumidores e do consumo privado. Eles também apontaram que o consumo realizado através do crédito também tem aumentado proporcionalmente.
Além disso, o crescimento da concorrência entre as instituições financeiras também influenciou esta situação, especialmente ao considerar as sociedades especializadas no crédito ao consumo, que estão a crescer no mercado português e ganhar espaço frente à banca tradicional.
Consequências do Crescimento
Com o grande crescimento da concessão de crédito pessoal e de consumo em 2018, e com o constante alerta da população portuguesa sobre os riscos do sobreendividamento das famílias – causado também pela sobrevalorização imobiliária que Portugal está vivendo atualmente – o Banco de Portugal divulgou, em julho de 2018, novas regras referentes à concessão de créditos.
As referidas regras criaram restrições à concessão de créditos pessoais, em especial aos dedicados à habitação e ao consumo, definindo que famílias deverão apenas poder gastar até metade de seu rendimento com empréstimos. O objetivo das mesmas é garantir que as instituições financeiras não se arrisquem de forma excessiva em novos créditos e evitar que os clientes acabem por endividar-se, ao garantir que tenham os meios para quitar suas dívidas.
Além disso, Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado das Finanças, fez uma advertência aos bancos, em 25 de setembro, sobre a necessidade de serem cautelosos quanto à concessão de crédito, principalmente os de consumo, para que não se prejudique o esforço sendo realizado para solidificar as instituições financeiras.
O Futuro
Apesar destas regras, atualmente, serem apenas recomendações por parte do Banco de Portugal, Carlos Costa – Governador do BdP – informou já no começo de 2018, no mês de maio, que caso os bancos não as respeitem às mesmas poderão ser transformadas em ordens vinculativas.
Além disso, mesmo possuindo caráter de recomendação, para já os bancos que falharem em cumpri-las são obrigados a explicarem suas ações perante o Banco de Portugal.