Novos radares começam hoje a funcionar em Braga, Guimarães, Barcelos e Fafe

Os novos radares de velocidade vão entrar em funcionamento no dia 01 de setembro, anunciou a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). 

No total, em todo o país, são 37, dos quais 12 medem a velocidade média.

Segundo os dados disponibilizados pela ANSR, na região do Minho começam a funcionar já em setembro seis radares nos seguintes locais: 

  • Braga – A3, quilómetro 38,1
  • Guimarães – A7, quilómetro 33,3
  • Guimarães – A7, quilómetro 33,7
  • Guimarães – EN101, quilómetro 110,7
  • Barcelos – EN103, quilómetro 22,9
  • Fafe – EN206, quilómetro 46

Além destes radares que começam a funcionar em 01 de setembro, estão a ser instalados outros cuja data de início de funcionamento ainda não é conhecida, mas nenhum deles será no Minho.

12 radares de velocidade média

Os 12 radares de velocidade média vão fiscalizar as autoestradas A1 (Santarém e Mealhada), A3 (Braga e Trofa), A25 (Águeda) e A42 (Paços de Ferreira), nos itinerários complementares IC2 (Loures e Rio Maior, este último em data ainda por definir) e IC19 (Sintra) e nas estradas nacionais EN10 (Montijo e Vila Franca de Xira), EN109 (Figueira da Foz) e EN211 (Marco de Canaveses).

Os restantes 25 radares destinam-se a medir a velocidade instantânea e a sua atividade vai centrar-se no controlo de estradas nacionais.

Entre os locais controlados a partir de 01 de setembro estão: A1 (dois em Vila Nova de Gaia), A2 (Albufeira), A44 (Vila Nova de Gaia), A7 (dois em Guimarães), EN101 (Guimarães), EN103 (Barcelos), EN105 (Santo Tirso), EN109 (Figueira da Foz), EN119 (Benavente), EN125 (Faro), EN14 (Maia), EN18 (Belmonte), EN206 (Fafe), EN234 (Nelas), EN251 (Coruche), EN252 (dois radares em Palmela), EN260 (Beja), EN5 (Montijo), IC17 (Loures), IC2 (Águeda) e IP7 (Lisboa).

Além destes radares, há mais 25 que serão ativados em “data a anunciar”, o que perfaz um total de 62 novos mecanismos de controlo e que se juntam aos 61 radares já existentes, elevando para 123 o número de radares de velocidade.

“Radares podem salvar vidas”

Em declarações à Lusa, o líder da ANSR assegura que está “tudo pronto” para a entrada em funcionamento dos 37 radares.

“Os radares contribuem, de facto, para diminuir a velocidade. Nesses locais reduziu-se o número de acidentes com vítimas em 36% e as vítimas mortais diminuíram 74%. Há uma clara correlação entre a existência de radares, a diminuição da velocidade e a sinistralidade. O que esperamos é que estes radares contribuam também para salvar as vidas das pessoas que circulam nas nossas estradas”, afirma o presidente do organismo, Rui Ribeiro.

Estes novos radares somam-se aos 61 já existentes e representam um investimento global de 6,2 milhões de euros, sendo que o investimento da instituição foi de 5,8 milhões de euros. Todavia, a intenção da ANSR é não ficar por aqui. 

“O número de radares em Portugal ainda é diminuto face ao normal na Europa e sobretudo nos países onde a sinistralidade é, para nós, uma referência, como é o caso da Suécia. Temos muito poucos radares por milhão de habitantes, é um número insuficiente face ao que é normal nos países da Europa”, refere, continuando: “Não sei quando, mas, provavelmente, num futuro próximo teremos uma nova ‘leva’ de radares”.

Sublinhando que os novos radares serão “uma questão de hábito” para os condutores, com destaque para os de velocidade média – que controlam a velocidade entre dois pontos e verificam se a média é superior ao limite daquele troço -, Rui Ribeiro reafirma a importância de baixar a sinistralidade e rejeita a ‘caça à multa’: “Nós contamos vidas, não contamos euros”.

A instalação dos radares é também vista com bons olhos pela Prevenção Rodoviária Portuguesa, que enfatiza o seu papel enquanto “ferramenta para uma gestão de velocidade adequada”. Para o presidente da associação, José Miguel Trigoso, o controlo da velocidade média pode revelar-se “mais eficaz” a reduzir os acidentes.

“Este método é claramente benéfico relativamente ao outro que só media a velocidade instantânea naquele ponto e depois seguia-se a uma velocidade completamente diferente. Aqui, pelo menos durante determinada extensão de via – que tem acumulação de acidentes devido à velocidade – esse controlo é efetuado e garante um prolongamento de uma velocidade mais adequada por parte dos condutores”, observa.

Por sua vez, a Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) lembra que propôs radares de controlo da velocidade média em 2001. “Vai, finalmente, ser posto em prática. Nós não podemos senão congratular-nos com o facto, porque o controlo da velocidade média é um complemento importante ao controlo da velocidade máxima na fiscalização das estradas”, indica o presidente da entidade. 

Porém, Manuel João Ramos defende que os radares devem ser complementados com outras estratégias: “Os radares não podem ser o principal instrumento de controlo do risco rodoviário nas estradas. É isso que nos preocupa: falta pessoal, faltam meios e falta um funcionamento equilibrado do sistema de controlo rodoviário e para isso é, de facto, necessário aumentar a capacidade das patrulhas da GNR e da PSP para a fiscalização nas estradas”.

 
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