Região
Novos casos diminuíram em todo o Minho, excepto em Esposende
Covid-19
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Os distritos de Bragança, Braga, Porto, Aveiro e Viana do Castelo diminuíram o número de novos casos de infeção entre a terceira e a última semana de novembro e apenas Vila Real aumentou, segundo o relatório da ARS-N.
No distrito de Braga, o decréscimo se fixa agora nos 29% (passando de 8.033 novos casos para 5.703) e onde apenas o concelho de Esposende contraria esta tendência, ao registar um aumento de 29% do número de novos casos de infeção pelo novo coronavírus, que provoca a covid-19.
Também os concelhos do distrito de Viana do Castelo, que contabiliza uma diminuição de 14% (passando de 790 novos casos para 676), diminuíram o número de novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2.
O documento da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), a que a Lusa teve hoje acesso, reporta a evolução epidemiológica nos concelhos da região entre a segunda (de 10 a 16) e a última semana (de 24 a 31) de novembro.
Segundo o relatório, Freixo de Espada à Cinta continua a ser o concelho a Norte que apresenta a maior incidência, com a mesma a fixar-se nos 3.365 casos por 100 mil habitantes a cada 14 dias.
A Freixo de Espada à Cinta sucedem-se os concelhos de Chaves, Guimarães, Póvoa de Lanhoso, Vila Nova de Famalicão, Trofa e Mondim de Basto.
Nestes seis municípios a incidência é superior a 1.900 novos casos por 100 mil habitantes a cada 14 dias, sendo que a média da região Norte se fixa agora nos 1.227,8 casos.
Dos seis distritos abrangidos pela ARS-N, cinco contabilizaram, entre a terceira e última semana de novembro, um decréscimo do número de novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2, sendo que apenas o distrito de Vila Real registou um aumento.
O distrito que mais se destaca no relatório é o de Bragança, que registou uma diminuição de 39% do número de novos casos de infeção, passando de 611 novos casos na segunda semana para 372 na última semana de novembro.
Neste distrito, os concelhos que mais acompanharam a tendência foram Freixo de Espada à Cinta, com uma redução de 71% de novos casos, Miranda do Douro, com menos 67%, e Mirandela, com uma redução de 46%.
Também no distrito do Porto, que contabiliza uma diminuição de 28% do número de novos casos (passando de 11.967 novos casos para 8.630), apenas o concelho de Baião contrariou a tendência, registando um crescimento de 14% de novos infetados.
No distrito de Aveiro [onde a ARS-N abrange sete concelhos] foi registado um decréscimo de 26% de novos casos de infeção (passando de 2.389 novos casos para 1.772), sendo que os sete concelhos acompanharam este rumo.
Apesar do decréscimo de novos casos reportados a Norte, o distrito de Vila Real continua a registar um crescimento de 23%, tendo passado de 1.013 novos casos de infeção para 1.251.
Neste distrito, destacam-se no relatório os concelhos de Mondim de Basto, com um aumento de novos casos de 122%, Santa Marta de Penaguião, com 79%, e Chaves, com 67%.
Portugal contabiliza pelo menos 4.645 mortos associados à covid-19 em 303.846 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 08 de dezembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.
Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23:00 e as 05:00, enquanto nos fins de semana e feriados a circulação está limitada entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo, e entre as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.
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Guimarães
ASAE fiscalizou incumprimento do confinamento em operação que passou por Guimarães
Confinamento

A ASAE instaurou hoje um processo-crime por especulação de preços e 19 contraordenações por incumprimento das medidas adotadas para conter a pandemia de covid-19, além de ordenar o encerramento de quatro estabelecimentos de restauração e bebidas.
Em comunicado, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), diz que “foram fiscalizados 198 operadores económicos, tendo sido instaurado um processo-crime por especulação de preços e 19 processos de contraordenação dos quais se destaca a falta de cumprimento das regras de ocupação, permanência e distanciamento físico nos locais abertos ao público e a falta de cumprimento das regras relativas a restrição, suspensão ou encerramento de atividades”.
Foi ainda determinada a suspensão da atividade em quatro operadores económicos da restauração e bebidas “pela existência de clientes no seu interior”, indica a ASAE.
A autoridade lembra que, com o estado de emergência, “esta atividade apenas poderá ser exercida para efeitos de confeção destinada ao consumo fora do estabelecimento, seja através de entrega ao domicílio, diretamente ou através de intermediário, ou para disponibilização de refeições ou produtos embalados à porta do estabelecimento ou ao postigo (‘take away’)”.
As ações de fiscalização contaram com cerca de 30 inspetores e decorreram nos concelhos de Guimarães, Lisboa, Porto, Matosinhos, Lamego, Coimbra, Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Santarém, Faro e Évora.
A operação foi direcionada a operadores económicos cuja atividade se encontra sujeita a novas regras de funcionamento, “tendo como principal objetivo a verificação do cumprimento integral das regras de lotação, ocupação, permanência e distanciamento físico em espaços públicos e estabelecimentos comerciais, bem como o cumprimento da determinação de suspensão de determinados tipos de instalações, estabelecimentos e atividades”, lê-se no comunicado.
A ASAE afirma que continuará a desenvolver “ações de fiscalização no âmbito das suas competências, em todo o território nacional, para garantia do cumprimento das regras de saúde pública determinadas pela presente situação pandémica”.
O decreto do Governo que regulamenta o novo confinamento geral devido à pandemia de covid-19 entrou em vigor às 00:00 de sexta-feira e decorre até 30 de janeiro.
Entre as restrições, o diploma prevê o encerramento do comércio e restauração, com exceção dos estabelecimentos de bens e serviços essenciais.
Os restaurantes e similares podem funcionar apenas em regime de ‘take away’ ou entregas ao domicílio.

Este sábado o trânsito esteve condicionado na rotunda de Silvares, no acesso a autoestrada A 11, no âmbito dos trabalhos de desnivelamento que decorreram no local.
Todas as entradas estavam encerradas pelas autoridades responsáveis pelo trânsito, com os automobilistas a circularem de forma bastante condicionada.
A autarquia tinha publicado um aviso, conforme noticiou O MINHO, a dar conta que este condicionamento decorre “dos trabalhos de pavimentação associados à empreitada em curso, da responsabilidade de execução da Infraestruturas de Portugal”.
Era aconselhada a utilização de percursos alternativos ao nó de Silvares e da saída da Autoestrada A11 (Guimarães Centro), usando como alternativa o Nó Guimarães Sul.
“Em todos os trabalhos será acautelada a presença das autoridades responsáveis pela gestão da circulação rodoviária”, referiu a autarquia.
Alto Minho
A rara beleza do lobo-ibérico na neve do Gerês (pela lente de Carlos Pontes)
Biodiversidade

“O inverno é uma das épocas do ano mais difíceis para seguir lobos e as suas condutas”. Quem o afirma é Carlos Pontes, fotógrafo e videógrafo de natureza natural de Ponte da Barca e um dos mais bem informados ‘seguidores’ das alcateias de lobo-ibérico do Parque Nacional Peneda-Gerês.
Desta vez, e pós várias horas de espera, conseguiu vislumbrar três lobos adultos, capturando o momento em fotografia. O colaborador da National Geographic conta que estes lobos, “assim como nós humanos, pelo menos em crianças, recebem com alegria a neve e insistem em aproveitar cada momento”.
“Em algum lugar, longe de pressões e barulhos desagradáveis, dois lobos adultos aproveitam a oportunidade de um sol que se revelou após dias de tempestades, nevoeiros densos e frio extremo”, conta Carlos, sempre “concentrado no cenário”.
“Os bichos mantinham alguma distância entre eles, chegaram a dormir cerca de uma hora em que a única acção que tinham era sacudir a neve e, volta e meia, levantar a cabeça para vigiar a envolvente. Eu esperava acontecimentos e tomava um café quentinho”, relata o profissional.
“Mais tarde e sem pressa, entra em cena um outro lobo, um pouco maior e mais escuro. Aquela silhueta, no alto da encosta, exibia uma pose e imponência que me deixou mais empolgado ainda, pois de imediato se reuniram e começaram a festa. Entre reviravoltas na neve, saltos sem jeito e corridas com escorrega, estes três lobos fizeram delícias como cachorros acabados de se encontrar no parque”, detalha Carlos Pontes.
“Apenas de café tomado, percebi, naquele exato momento, que realmente não sentia nada a não ser uma alegria enorme por todas aquelas imagens que presenciei e pude registar, porque os pés, as mãos e as restantes partes do corpo demoraram a reaparecer e fazerem-se sentir (risos)”, remata.
Quem é Carlos Pontes?
Um apaixonado pela fotografia de fauna selvagem. Natural de Ponte da Barca, desde criança que tem contacto com o Parque Nacional Peneda-Gerês (PNPG), não só com a área inserida em Ponte da Barca mas também em Arcos de Valdevez e Melgaço, zonas com as quais mais se identifica.
Aos 35 anos, é hoje considerado um autor diferenciador dos animais e paisagens do PNPG. Esteve sempre em contacto com serras e animais, enquanto se formou em design e buscou conhecimentos em biologia. Com grande habilidade técnica no mundo da natureza e fotografia, estuda teoria e prática sobre as áreas e espécies que fotografa.
Carlos Pontes em trabalhos junto ao rio Vez. Foto: Luís Fernandes
Venceu alguns prémios em concursos nacionais de fotografia, colaborou com documentários de vida selvagem transmitidos pela televisão portuguesa e colaborou em publicações da National Geographic
Mais recentemente, colaborou como câmara no novo projeto “DEHESA – el bosque del lince” do aclamado produtor e realizador de filmes de natureza, Joaquin Gutierrez Acha.
Esta produção, sobre sobre Portugal e Espanha é da autoria de um dos melhores realizadores da Europa onde só entram dois portugueses: Carlos Pontes e João Cosme.
“Conhecer Carlos Pontes é perceber que o seu ADN é marcado pelas serras e os animais, particularmente o lobo-ibérico (canis lupus signatus)”, diz a biografia que o autor partilhou com O MINHO.
Desde os nove anos que vê lobos em estado selvagem, mas desde os vinte anos que começou a mostrar mais interesse. Os lobos são, hoje, a sua “principal fonte de inspiração”.
‘Set’ improvisado no monte por Carlos Pontes. Foto: Facebook de Carlos Pontes
Através de exposições, Carlos Pontes quer ajudar a valorizar o lobo como “um elemento crucial não só da biodiversidade regional, mas também da identidade cultural e tradição populares”.
“Desmistificar a falsa ideia do lobo mau pode permitir que as entidades governativas da região vejam na sua imagem e no rico património cultural a ele associado no contexto ibérico uma mais valia para o desenvolvimento económico e turístico”, refere o autor.
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