Cerca de 90 mil peregrinos cruzaram a ponte do rio Minho que divide as fronteiras de Valença e Tuí (Galiza), reforçando aquela “eurocidade” como uma das grandes rotas dos Caminhos de Santiago.
Em 2019 foram 88.310 os peregrinos que passaram ou começaram a sua peregrinação em Tui-Valença, anunciou autarquia do lado de cá do rio Minho, apontando um crescimento gradual, ao longo dos anos.
“O número de peregrinos pela Eurocidade tem crescido sempre e se, no ano passado, foram 88.310 os que chegaram a Santiago e pediram a Bula Compostelana, em 2014 eram 35.494 mil oriundos de todos os cantos do mundo”, deu nota a autarquia, destacando o crescimento para o dobro.
“A história e simbologia jacobeia que Valença e Tui aportam às peregrinações para Santiago muito têm contribuído para alcançar estes números”, refere a autarquia do Alto Minho.
Ano Jacobeu
2021 é Ano Jacobeu, onde é esperado um número maior de peregrinos nas rotas de Compostela. De acordo com a Câmara de Valença, estão a ser preparadas ações culturais e promocionais de impacto para “os próximos tempos”.
Em 2019, foram 72.361 os peregrinos a percorrer o Caminho Português do Interior, cerca de 5 mil mais do que em 2018. O Caminho Português do Interior é o segundo percurso que mais peregrinos leva a Santiago de Compostela depois do Caminho Francês.
Já o Caminho Português da Costa atrai cada vez mais peregrinos até Valença. Em 2019 foram 15.949, face aos 13.836 de 2018 e os parcos 779 de 2014.
Embaixadores de Valença
Estes grandes fluxos de peregrinos, diz a autarquia, tem permitido capacitar alojamentos cada vez mais qualificados, uma restauração mais versátil e diversificada e a readaptação de parte do comércio para o nicho de peregrinos, com uma ampla oferta de souvenirs e produtos locais.
“Apostas que apresentam um grande potencial de crescimento e oportunidade para quem quer investir no turismo religioso”, realça a Câmara de Valença.
A autarquia crê que os peregrinos têm sido “verdadeiros embaixadores de Valença por esse mundo fora, mostrando os pontos mais instagramáveis do concelho, as suas singularidades culturais, naturais, patrimoniais e gastronómicas”.