Confirmada a ida a julgamento. O Tribunal da Relação de Guimarães rejeitou, quinta-feira, um pedido de escusa da juíza do Tribunal de Instrução de Braga de um dos membros do gangue com dez membros que assaltou várias vivendas no Minho e furtou 4,2 milhões de euros em dinheiro e bens em 52 cofres no banco Santander, em Braga.
A decisão valida, assim, a que foi tomada, há dias, pelo Tribunal de Instrução.
Nove dos arguidos, todos homens, estão pronunciados pelos crimes de associação criminosa e furto qualificado, enquanto que o nono, uma mulher, responderá, apenas, por furto qualificado.
No debate instrutório, a juíza rejeitou o pedido de adiamento da decisão instrutória feito pelo advogado Fernando Moura, o qual defendeu que haveria que esperar pela decisão do Tribunal da Relação sobre um incidente de recusa de juiz feito há dias. A não ser, assim, disse, “será nula a decisão instrutória”.
Na acusação, o MP considerou como mentor da “associação” o arguido Joaquim Marques Fernandes (de Braga) que criou o gangue com Vítor Manuel Martins Pereira (de Vila do Conde), Luís Miguel Martins de Almeida (Braga) e Rui Jorge Dias Fernandes (Braga).
O caso envolve o agente da PSP Carlos Alberto Alfaia da Silva, de Ponte de Lima, que dava informações, a troco de dinheiro, sobre quais as casas a assaltar.
Engloba, ainda, Paulo Sérgio Martins Pereira, (irmão do Vítor), de Famalicão, Mário Marques Fernandes, de Braga, André Filipe Pereira, de Famalicão, Manuel Oliveira Faria, de Braga, e Cristiana Guimarães.
O bando atuou “desde 2017 até junho de 2018, em Braga, Viana do Castelo, Ponte de Lima e Arcos de Valdevez”. Utilizava recursos tecnológicos sofisticados, como inibidores de telecomunicações, de alarmes, e até para neutralizar cães.