Nova zona empresarial de Melgaço começa no final do verão

Investimento global de mais de 6,5 milhões
Nova zona empresarial de melgaço começa no final do verão

O presidente da Câmara de Melgaço apontou hoje o final do verão para o início de construção da primeira fase da nova zona empresarial de Alvaredo, num investimento global de mais de 6,5 milhões de euros.

O autarca socialista, que respondia às questões dos jornalistas no final da cerimónia de inauguração da rede de saneamento de Paços e da central de compostagem municipal, presidida pelo secretário de Estado do Desenvolvimento regional, disse a candidatura da primeira fase da obra, orçada em 2,7 milhões de euros, foi aprovada, há oito dias, pela Autoridade de Gestão do programa Norte 2020, estimando o arranque dos trabalhos no final do verão.

A aprovação da candidatura daquele projeto foi destaca pelo secretário de Estado do Desenvolvimento regional, Carlos Miguel, como fundamental para a atratividade daquele território do distrito de Viana do Castelo, junto à fronteira com a Galiza.

Atualmente o concelho de Melgaço dispõe de um polo industrial, na freguesia de Penso.

O autarca socialista realçou a “ambição” do projeto da nova zona empresarial, na freguesia de Alvaredo, que “devido à sua dimensão”, 24,95 hectares, vai ser construído em três fases, a primeira fase com uma área de 8,69 hectares, e com prazo de cinco anos de execução, orçada em 2.711.820,22 euros, cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), no montante de 1.500.000,00 euros.

Aquela intervenção “pretende reforçar a capacitação empresarial das Pequenas e Médias Empresas (PME) para o desenvolvimento de produtos e serviços e abrange uma operação de loteamento com obras de urbanização e acesso à Zona empresarial”.

“Era absolutamente determinante e decisivo ter outra zona empresarial com outra dimensão e capacidade. Poderemos acolher empresas de maior dimensão do que aquelas que temos até agora. Ficará próxima da zona industrial de Penso que, no futuro, poderão ter ligação direta”, disse, destacando que “o alinhamento com o desenvolvimento industrial da Galiza é fundamental”.

“No passado tivemos muitas vezes a possibilidade de acolher uma ou outra indústria, mas como não tínhamos terreno para as podermos implantar não podemos fazer esse acolhimento. Agora com este investimento ficamos capacitados”, referiu.

Questionado pelos jornalistas, o secretário de Estado do Desenvolvimento regional, Carlos Miguel, disse acreditar que, “a curto prazo”, o município verá resolvida uma reivindicação antiga que se prende com a transferência da gestão do troço que atravessa o concelho da Estrada Nacional (EN) 202.

“O que a Câmara está a negociar com o Governo é essa passagem para o domínio autárquico. Mas para passar não pode passar sem nada. Tem de passar recuperada ou com o envelope financeiro que permita a sua recuperação. Essas negociações estão em muito bom caminho”, disse Carlos Miguel.

O governante incentivou ainda o autarca de Melgaço a continuar a “lutar” pela requalificação do troço Monção-São Gregório da EN 101.

“O Governo tem prevista a recuperação entre Valença e Monção. De Monção a São Gregório (Melgaço) ela está má e, por isso, é perfeitamente legítimo que assim se queira. A mensagem que quis deixar não foi de garantia de que vai ser feita essa requalificação, mas sim de que se continue a lutar por pretensão legítima por ser visível. Estas pretensões legítimas não são só de Melgaço. São um pouco por todo o país e, o Governo tem de definir prioridades. Agora, também não é menos verdade que se não gritamos e exigimos as prioridades vão sempre mais para baixo e não tanto cá mais para cima. Por isso, o senhor presidente de câmara e presidentes de Junta fazem muito bem em continuar a reclamar por essa recuperação” disse.

Carlos Miguel visitou ainda no lugar Cevide, o ponto mais a Norte de Portugal situado na freguesia Cristoval, o projeto da rede municipal de percursos pedestres e cicláveis que já arrancou, num investimento de 600 mil euros, que deverá estar concluído no final de 2021.

A rede integra 15 trilhos, num total de 160 quilómetros.

Outro projeto apresentado ao governante, ainda sem financiamento garantido, pretende-se com a criação da ecovia “Onde Portugal Começa” que ligará Melgaço a Monção, junto ao rio Minho.

 
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