“Nos últimos cinco jogos tivemos três vitórias”

César Peixoto

Declarações após o jogo Gil Vicente-Farense (1-0), da 31.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje em Barcelos:

– César Peixoto (treinador do Gil Vicente): “Foi um jogo em que fomos justos vencedores. Uma primeira parte completamente dominada por nós, entrámos muito proativos, muito agressivos, a roubar muitas bolas no meio-campo ofensivo, com muitas situações.

Faltou-nos alguma agressividade para definir melhor e sermos mais incisivos na baliza no último terço. Mas foi uma primeira parte muito bem conseguida, com boas jogadas, uma equipa muito envolvida, sem permitir praticamente nada ao Farense.

Na segunda parte, não entrámos tão bem, mérito também do Farense, que subiu um pouco e foi mais agressivo na pressão. Aí, sentimos alguma ansiedade, queríamos muito ganhar, somar três pontos, que já não conseguíamos há algum tempo.

Acabámos por marcar numa bola parada, num jogo em que tivemos muitas situações de bola parada. Acho que é uma vitória merecida. Os jogadores deram tudo, com alma, com um grupo cada vez mais forte e unido. Vencemos bem.

A equipa está competitiva, consistente. Nos últimos cinco jogos temos três vitórias e duas derrotas, mas mesmo nas derrotas, aqui em casa, nunca fomos inferiores ao adversário.

Agora temos mais três jogos e temos de continuar a trabalhar a nossa ideia de jogo. Estamos mais confiantes. Isso pode soltar os jogadores, para se expressarem de outra forma e jogarem com ainda mais domínio, e acabar bem o campeonato”.

– Tozé Marreco (treinador do Farense): “Na primeira parte melhor o Gil Vicente, na segunda melhor o Farense. Parece-me que foi este o resumo do que se passou no jogo.

Duas equipas em situações muito diferentes, mas que ambas precisavam de pontuar. Tivemos muitos jogadores abaixo daquilo que devemos ter, em termos de qualidade e tomada de decisão, muitos passes falhados, fruto do momento e do lugar que ocupamos.

Depois, quando já nada fazia prever, acontece o golo do Gil Vicente. Falta-nos definição em muitos momentos e ter calma e qualidade no último terço. Tentámos chegar de outra forma, mas hoje não conseguimos criar o que temos criado nos últimos jogos.

No meio disso tudo, não fomos inferiores ao Gil Vicente. O empate era o que mais se ajustava, mas depois surgiram essas situações que não controlamos.

Há uma ansiedade grande por pontos, especialmente nos jogos em casa. A forma de encarar o final da época é trabalhar no limite, até ao último apito, quando tudo terminar. No final cada um tem que tirar as suas conclusões.

Nunca passei por uma situação como esta, enquanto treinador, numa posição tão aflitiva. Agora, impensável que haja quebras no trabalho, no compromisso e na dedicação”.

 
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