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O segundo dia do Nómadas Festival foi marcado por uma energia contagiante, com batuques e guitarra a dialogar com o DJs, criando um espetáculo memorável. Mas antes da música tomar conta da antiga Pedreira do Monte Castro, o festival já estava a deixar a sua marca no comércio local.
Impacto no comércio: A “Tasca do Brito” perto da Pedreira, como exemplo
Em pleno alinhamento com o recinto, nos arredores de Braga, visitámos a Tasca do Brito, onde Henrique, o proprietário, partilhou com entusiasmo o impacto do festival: “Este festival traz, sem dúvida, mais-valia ao comércio hoteleiro local. Está a criar um bom impacto”.


Afirmando que Braga é “uma cidade fantástica”, Henrique destacou o papel da gastronomia minhota como complemento à experiência cultural, “Aqui servimos comida da avó, com o arrozinho malandro, bom vinho e boa convivência. Este lado da cidade merece estas iniciativas, para além do centro. Normalmente tudo se concentra no outro lado (centro) e nós nos arredores ficamos para trás, mas temos muito para acrescentar de bom”.
O restaurante estava invadido por festivaleiros em modo “almoço-ajantarado”, com direito a escolher a música ambiente e até transformar o espaço numa verdadeira pista de dança, como aquecimento para o que viria dentro do recinto.
Dentro do recinto: Um festival internacional
Alexandre, responsável por um dos bares no recinto, destacou o carácter único do evento: “É o meu primeiro ano aqui e estou a adorar. A localização é incrível, não há nada assim no norte do país. Comercialmente, vale muito a pena é ótimo para o comércio. Nota-se uma forte presença internacional”.







Uma celebração cultural além da música
Este segundo dia foi marcado por momentos de fusão cultural, onde a música eletrónica se cruzou com percussões ao vivo e instrumentos tradicionais, como batuques e guitarras, elevando a experiência a outro nível, num crescendo emocional que fez vibrar a pedreira e os milhares de participantes presentes.
O festival nómada é para todos e esta família do Porto é exemplo disso, pais e filhos vêm, não só pelos dj´s mas pelo deslumbre do cenário que a Pedreira oferece.
DJ Mole: “Na música, estamos todos do mesmo lado”
Em conversa com DJ Mole, da dupla Jean Philippe & Mole, o artista mostrou-se emocionado com o ambiente vivido em Braga: “O recinto é simplesmente deslumbrante. E o público português? Adoro! São um povo acolhedor, caloroso… as minhas irmãs vivem em Lisboa, por isso sinto-me em casa”.


Sobre a missão da sua música, foi direto ao coração da experiência: “O que mais quero é que as pessoas se divirtam e se sintam felizes ao som da minha música. O que me faz mais feliz é olhar e ver as pessoas a divertirem-se”.
Questionado sobre se acredita que a música pode contribuir para um mundo melhor: “Claro que sim. Na música, as pessoas sentem-se bem. Estão juntas, a passar bons momentos. Não há lados, não há guerra, não há preto e branco, não há religião. Na música, sentimos todos igual. Estamos todos do mesmo lado, a sentir a mesma energia. É isso que nos une.”
O que esperar do último dia?
Enquanto o sol se põe sobre a Pedreira do Monte Castro, o palco prepara-se para o encerramento em grande estilo com RÜFÜS DU SOL (DJ Set) e os lendários Jean Claude Ades, Nadia Boulif e Samm, para uma despedida ao nível da experiência vivida até agora imersiva, emocional e multicultural.
A cidade de Braga, através da batida do Nómadas, reafirma-se como um destino internacional de encontro entre cultura, gastronomia, comércio e a linguagem universal da música.
Artigo de Eva Pereira.