Declarações dos treinadores do Rio Ave, Luís Freire, e do SC Braga, Artur Jorge, no final da partida da sexta jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje em Vila do Conde e que os minhotos venceram. por 3-2:
Artur Jorge (Treinador do SC Braga): “Mostrámos, hoje, que somos um grande SC Braga. Fizemos uma primeira parte completamente dominadora, controlando todos os momentos de jogo. Marcámos dois golos fruto de uma forte eficácia e tivemos a capacidade de gerir os tempos do desafio.
No segundo tempo, tentámos manter esse registo. Houve uma reação do adversário que nos obrigou a ter mais cuidados. Ainda assim, conseguimos fazer um terceiro golo e tivemos oportunidades para marcar mais. Na parte final, com algum relaxamento da equipa, houve uma reação com golos do Rio Ave.
Como treinador, tenho de tirar aquilo que é positivo. A equipa soube sofrer quando foi preciso, lutando para manter o resultado. Fico com grande satisfação por ver os atletas a saberem sofrer quando é preciso.
Não é justo considerar que houve mais mérito de uma ou de outra equipa. As duas procuraram fazer aquilo que precisavam. O Rio Ave meteu mais avançados para tentar marcar golos e diminuir a diferença. Nós, no final, segurámos o resultado para sair com a vitória, que era o que interessava. Como treinador do SC Braga digo que tivemos mérito naquilo que conseguimos fazer. Pelo que foram os 90 minutos, houve justiça no resultado”.
Notou-se alguma fadiga da equipa na fase final, o que me parece compreensível. Devemos ser mais eficazes e capazes de não permitir oportunidades ao adversário. Não acredito que os jogadores estivessem a pensar no jogo de quinta-feira, são experientes e sabem que têm de estar concentrados de início ao fim”.
Luís Freire (Treinador do Rio Ave): “Acreditávamos que era possível chegar ao empate, mas precisávamos de mais tempo. Começámos bem nos primeiros 10 minutos, mas na primeira vez que o Braga vai à nossa baliza cria perigo, ganha um canto e depois marca. Foi uma grande contrariedade, contra um adversário que, se já estava num momento de confiança, ficou com ainda mais capacidade de se soltar e como tem bons jogadores ainda fez o segundo golo.
Ao intervalo mostrámos aos jogadores que era possível criar perigo e que, se fizéssemos o 2-1, o jogo ia ficar em aberto até ao fim. Mas foi o Braga a fazer o terceiro e quase sentenciou a partida.
Ainda nos equilibrámos e conseguimos fazer o que não fizemos até então, que foi marcar. Logo depois ainda chegamos ao 3-2 e obrigamos ao adversário a defender e a queimar tempo, o que é normal. Ainda acreditei que se houvesse mais tempo conseguíamos chegar ao 3-3.
Se os nossos golos surgissem mais cedo, íamos ter jogo até ao fim. Quem faz 17 remates contra o Braga e divide a posse de bola, tem de estar orgulhoso. Aprendemos com isso, jogando contra uma grande equipa”.