Declarações após o jogo Estoril Praia – Vitória SC (0-0), da segunda jornada da I Liga portuguesa de futebol profissional:
Pepa (Treinado do Vitória SC): “Foi uma primeira parte à semelhança do último jogo. Se tivéssemos feito golos seria muito boa. Conseguimos ter bola, muito volume ofensivo, ganhámos cantos, tivemos uma bola no poste, mas não conseguimos marcar. Precisamos de mais agressividade no último terço.
A segunda parte foi completamente diferente. Não entrámos tão bem e depois com menos um homem o Estoril Praia melhorou. A primeira parte foi muito boa e a segunda foi o que se viu.
Quando digo que não entrámos tão bem estou a falar de algumas perdas de bola nossa. O Estoril Praia é uma equipa bem trabalhada e com uma ideia de jogo muito vincada. Com menos um jogador as coisas ficaram muito complicadas para nós.
Quem entrou, entrou para ajudar. Não é fácil entrar num jogo onde o ritmo está alto. Tivemos qualidade no meio, o Rochinha entrou muito bem. Mesmo com menos um jogador tivemos oportunidades de golo. Faltou-nos esse instinto no último terço.
Ninguém queria aqui estar com um ponto na segunda jornada. Tivemos um volume ofensivo tremendo. Acabámos a primeira parte por cima. Mesmo com menos um jogador tivemos mais remates, mas ficámos condicionados. Isso obrigou-nos a um desgaste maior.
A equipa funciona muito melhor quando as individualidades estão no seu melhor”.
Bruno Pinheiro (Treinador do Estoril Praia): “Fizemos uns ajustes táticos ao intervalo. O Vitória SC entrou muito bem, demos muito tempo ao adversário para criar dinâmicas. Acertámos bem nos ajustes na construção a dois e a três do Vitória de Guimarães. Com naturalidade conseguimos a grande penalidade e sacámos a expulsão. Depois com o passar do tempo faltou-nos discernimento para conseguir o golo.
O Vitória de Guimarães entrou melhor, foi por mérito e não foi por estarmos a jogar em casa, na I Liga e com público. O ruído muda a nossa forma de comunicar com a equipa durante o jogo.
Neste momento temos três ou quatro bons batedores de grandes penalidades. O Clóvis é um belíssimo marcador. A próxima grande penalidade se ele estiver em campo será ele a marcar.
Miguel Crespo não é extremo, ele dá-nos segurança com bola. O plantel não está fechado. Saiu o André Vidigal e o Harramiz e as compensações ainda não foram feitas. A prioridade nos reforços está no ataque. Está um jogador praticamente acertado. Tenho a certeza que quando o mercado fechar teremos um grupo equilibrado. Depois precisamos de umas semanas para as ideias ficarem assimiladas.
Na primeira parte estivemos muito à baixo a nível técnico. Na segunda parte, depois da expulsão, assumimos o jogo. O Vitória de Guimarães esteve muito bem nas substituições. Mas com a fadiga fomos perdendo discernimento”.