Um grupo, a rufar caixas e bombos, interrompeu a sessão da Assembleia Municipal de Guimarães, realizada na passada sexta-feira à noite, no auditório da Universidade do Minho, no campus de Azurém. Os manifestantes estão contra a decisão da subcomissão de Proteção Civil de proibir a realização do cortejo do Pinheiro, anunciada pelo presidente da Câmara, umas horas antes.
“Assistimos aqui a um ato que considero que não respeitou esta Assembleia”, disse o José João Torrinha, presidente da AM de Guimarães, no final da sessão.
“A Mesa teve muitas dúvidas na forma de atuar, mas atuou conforme entendeu que era a melhor forma de evitar que de um incidente passasse a algo mais”, afirmou o presidente da AM, dirigindo-se aos deputados. “Quando no discurso de tomada de posse aludi à maior visibilidade desta Assembleia não era desta visibilidade que estava a falar”, lamentou José João Torrinha.
Nicolinos protestam à porta da Assembleia Municipal contra cancelamento do Pinheiro
Já a Comissão das Festas Nicolinas 2021, em reação a proibição da realização do número mais esperado das Festas Nicolinas, diz que o Pinheiro não é apenas um desejo, mas o objetivo para um trabalho árduo. Os nicolinos dizem que a subcomissão de Proteção Civil ignorou o plano de contingência para o Pinheiro apresentado pelos estudantes e os apelos para o uso de máscara no cortejo.
Para os estudantes a Câmara Municipal está a faltar ao compromisso que tinha assumido de emitir as licenças para a realização do cortejo, se as medidas nacionais não entrassem em vigor antes da data da realização do cortejo do Pinheiro. O cortejo acontece no dia 29 e as medidas só entram em vigor no dia 01, lembram os nicolinos.
“Aceitamos sempre a ajuda, mas nunca estamos dependentes dela. A Comissão informa por isso que as Festas se vão realizar, como conseguirmos. As tradições também se adaptam aos tempos, e os nicolinos são mestres a improvisar”, remata a nota dos estudantes.