Neste concelho do Norte o fecho de três fábricas atirou 460 pessoas para o desemprego

A maioria mulheres
Neste concelho do norte o fecho de três fábricas atirou 460 pessoas para o desemprego
Foto: Pedro Gonçalo Costa / O MINHO / Arquivo

O recente encerramento de três empresas de confeções em Lousada, no distrito do Porto, pode ter provocado o desemprego de cerca de 460 pessoas, a maioria mulheres, disse esta terça-feira à Lusa fonte da autarquia local.

“É uma situação muito difícil, mas estamos a fazer tudo para ajudar as pessoas no que nos for possível”, disse a vereadora Maria do Céu Rocha, sinalizando que a Câmara de Lousada está a articular medidas com o Governo e com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

A empresa Leuman, situada em Macieira, já pediu a insolvência, o que deixa cerca de 90 pessoas no desemprego, precisou a autarca responsável pelo pelouro da Formação e Emprego naquele município.

As empresas SN1 e SN2, situadas em Casais, que tinham estado em ‘lay-off’, também encerraram, deixando no desemprego 350 operárias, segundo a vereadora.

Os últimos dias, contou, têm sido passados a trabalhar na agilização da inscrição no IEFP das pessoas afetadas para que, rapidamente, possam começar a receber o subsídio de desemprego. Para tal, foi reforçado com mais pessoas um gabinete específico nos Paços do Concelho, que atendeu 220 operárias, anotou.

Além disso, o gabinete de ação social da autarquia já está a trabalhar para garantir apoios aos agregados familiares mais necessitados afetados pelo desemprego.

“Estamos a trabalhar para minorar a situação de dificuldade dos casos mais complicados”, asseverou à Lusa.

Maria do Céu Rocha admitiu que o setor de confeções, que predomina no concelho, atravessa dificuldades desde o ano passado, indicando saber de outras empresas que estão numa situação difícil.

Face à situação, destacou, está previsto para janeiro o início do processo de reconversão profissional das trabalhadoras afetadas pelo encerramento destas empresas, ministrado formação que capacite a mão de obra para setores alternativos, eventualmente a metalomecânica ou outros.

Sobre a situação no concelho, em comunicado, a concelhia do PSD, que é oposição na câmara, informou que contactou o Governo e a Assembleia da República comunicando a sua preocupação.

“Dos diversos contactos efetuados, o presidente da comissão política de Lousada, Leonel Vieira, recebeu a garantia de que o Governo está atento à situação”, lê-se.

Segundo o PSD, foi acionado o IEFP, que requereu a colaboração dos gabinetes de inserção profissional “para que os trabalhadores que ficaram sem o seu posto de trabalho possam ser inscritos rapidamente, para que, ainda este mês, venham a receber o subsídio de desemprego”.

“Recebemos também a garantia de que os trabalhadores vão receber tudo a que têm direito”, refere-se no comunicado, frisando que a concelhia social-democrata “continuará a acompanhar este assunto”.

O PSD de Lousada defende, por outro lado, que a câmara liderada pelo PS há mais de 35 anos “necessita criar outro tipo de respostas com mecanismos de apoio, com medidas concretas, preventivas e pró-ativas, no sentido de identificar atempadamente situações de crise desta natureza e apoiar os trabalhadores e empresários”.

 
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