Esta noite cumpriu-se a tradição das Roubalheiras Nicolinas, em Guimarães, e, este ano, nem os animais escaparam.
Balizas, bancos de suplentes, motas, carrinhos de compras, sinais de trânsito, um cilindro ou uma vaca, se deu por falta de alguns destes artigos, deve procurar no largo do Toural.
A roubalheira resulta da adaptação ao meio urbano de uma antiga tradição do mundo rural minhoto, levada à prática por altura das festas dos Santos Populares. Em especial durante os festejos a S. Pedro, também conhecido em terras próximas da cidade de Guimarães como o dia dos atrancamentos. É, provavelmente o menos consensual dos números nicolinos, pelo incómodo que causa a alguns, mas nem por isso deixa de se realizar, mesmo em ano de pandemia.
O número chegou a ser riscado das Festas, devido aos abusos de pessoas estranhas à Comissão, em 1971. Contudo, voltou ao programa em 1998 e continua. Sem dia marcado, por esta altura os vimaranenses são surpreendidos com o largo do Toural repleto dos objetos mais estranhos, “roubados” por toda a cidade.