É já um clássico de Natal. O presépio de Elisa Araújo regressou este ano ao quintal/horta da sua habitação, no centro de Vila Verde. E se o ano passado estendia-se ao longo de cerca de 35 metros, este ano a autora decidiu ampliar o espaço ‘roubado’ às hortícolas e flores, possuindo agora um presépio ao longo de 47 metros.
No total, Elisa reúne cerca de 2.000 peças neste quadro que vai desde a entrada de casa quase até às traseiras e que, ao longo dos anos, tem atraído centenas de visitantes, inclusive alunos de escolas da região. Todavia, face à pandemia de covid-19, este ano não há visitas àquele espaço, mas nem por isso Elisa deixou de cumprir uma tradição que remonta a 2007.
O MINHO visitou o espaço situado no n.º 75 da Travessa do Monte de Cima, no centro da sede de concelho, encontrando milhares de figuras que recriam quadros bíblicos ao redor do ‘quintal’ da autora.
Elisa dispõe, pelos canteiros, as figuras que, pisoteando musgo, serrim ou pedras enmusgadas, atraem já várias pessoas ao longo dos últimos doze anos, desde que iniciou este que é “quase um trabalho a tempo inteiro” durante o mês de dezembro.
Apaixonada pelo efeito das recriações bíblicas desde criança, a vila-verdense decidiu, em 2007, depois de perceber que o presépio “já não cabia dentro de casa”, invadir o quintal: “O meu filho também gostava muito de ajudar na elaboração e decidimos instalar o presépio ao ar livre”.
De lá, até cá, aumentou em cerca de duas mil peças, às cerca de 300 que já utilizava, criando um dos maiores presépios particulares na região de Braga.
Elisa já gastou mais de dois mil euros no presépio, “aos poucos de cada vez”. “Cada peça pequena custa entre 1 a 3 euros. As casas já passam os 10 euros”.
O espaço de Elisa estará patente, “sempre no quintal”, até final do mês de dezembro. Apesar de convites, inclusive da biblioteca municipal, Elisa rejeita deslocar a obra. “Será sempre, sempre, no meu quintal”.