Centenas de pessoas saem à rua para celebrar o título do Sporting no centro histórico de Braga. A chuva não impediu que os adeptos se juntassem na Avenida Central, junto à entrada do BragaShopping, ocupando a passadeira e a entrada para o túnel. Cachecóis, bandeiras, cânticos, buzinas e polícia a vigiar compunham a festa do futebol, que dá entrada pela noite fora.
Havia bastante polícia a controlar a área, armada com armas de fogo pesadas, fazendo-se acompanhar de uma carrinha e dois carros. Os adeptos do Sporting não se deixaram abalar e prosseguiram com a festa.
Jorge Forjaz celebra o título do seu clube, enquanto aproveita para contar ao jornal,” isto é memorável, já há 19 anos que merecíamos este campeonato. É uma grande hora vencermos novamente a liga Portuguesa e devemos isso, em parte, ao Rúben Amorim”.
Jorge Nabais tinha 09 anos quando o Sporting ganhou o último campeonato. “Finalmente, já era sem tempo. É preciso saber perder, mas também é preciso saber ganhar” exclama, satisfeito e encharcado da cabeça aos pés, o adepto leonino.
“O Sporting e os adeptos podem agradecer este título ao Rúben Amorim”, acrescenta, abanando o cachecol, partindo em direção à festa.
Uma sensação inacreditável
“É uma sensação inexplicável, inacreditável mesmo, ainda só tinha visto por vídeos uma festa assim, mas presencialmente é uma coisa do outro mundo”, explica à agência Lusa João Duarte, de 18 anos.
O pai, Manuel Duarte, de 52 anos, já tinha avisado: “para mim é uma grande alegria, para ele é a primeira vez”.
O treinador Rúben Amorim e o capitão Coates são os destaques para o jovem que se estreia a ganhar o campeonato, mas o pai destaca o “coletivo”.
Manuel Duarte elogiou ainda a estrutura liderada por Frederico Varandas e considera que o facto de o Sporting não ganhar há muito tempo permite-lhe “apreciar” esta conquista “de forma diferente, com outro requinte e intensidade”.
“O que é admirável é que se ganha menos, mas não se perdem adeptos, o sportinguismo é um sentimento diferente”, diz à Lusa.
Largas centenas de carros enchem de buzinadelas as principais artérias do centro da cidade, com paragem obrigatória a meio da Avenida Central, onde muitos, apeados, se juntam para saudar quem passa, entoando cânticos aos ‘leões’.
*Com agência Lusa