Nem 15 dias durou. Um dos placares que sinalizam o caminho de São Bento da Porta Aberta, em Rio Caldo, concelho de Terras de Bouro, encontra-se destruído. A denúncia foi feita por moradores que, ao passar no local, ficaram boquiabertos com o que aparenta ter sido um ato de vandalismo.
Estes sinais foram colocados durante este mês de junho, depois da CIM Cávado ter entregue, em meados de maio, esta nova sinalética, ao abrigo de um projeto de valorização daqueles caminhos que levam ao santuário situado em Terras de Bouro.
O MINHO falou com Manuel Tibo, presidente da Câmara, que lamenta “profundamente” este tipo de atos, esperando que a população “aprenda algo com a covid, que é viver numa sociedade com respeito”.
“Vamos apresentar na próxima sexta-feira, no santuário, todo o projeto desta sinalização, que foi um culminar de um trabalho que está a ser e continuará a ser sinalizado”, disse Manuel Tibo.
“O vandalizar este tipo de intervenção e sinalética é de facto de lamentar e solicitamos que as pessoas, até com isto da covid-19, saibam estar e viver em sociedade e respeitar os símbolos e o património”, apelou.
“Os que danificam este tipo de intervenção estao a danificar o que é de todos, inclusive deles próprios”, sentenciou.
O projeto de valorização e sinalização dos caminhos de São Bento da Porta Aberta, cujo santuário se localiza em Terras de Bouro, partiu de “um desafio lançado” pelo Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga e pela Irmandade de São Bento da Porta Aberta, “para fomentar e promover ‘o caminhar em segurança’” naquela rota de peregrinação.
A CIM Cávado explica que, “atendendo aos vários caminhos de São Bento existentes na NUT III Cávado, foi definida uma rede de Caminhos, constituída por um caminho principal e estrutural que une o território do Cávado, com origem em Esposende até São Bento da Porta Aberta, com cerca de 70 km de extensão, e 3 trajetos variantes, unindo assim os 6 concelhos da NUT III Cávado, num conjunto de aproximadamente 120 km de caminhos identificados”.
Nesse sentido, refere comunicado enviado às redações, “a CIM Cávado formalizou uma candidatura ao programa Interreg España-Portugal (POCTEP), que viu aprovada, a qual permitiu o desenvolvimento de uma imagem de marca do caminho, e várias soluções de sinalética direcional, entre painéis informativos a implementar nos caminhos identificados, assim como a reprodução das várias soluções a implementar nos 6 concelhos”.