Não serão os contratados no estrangeiro que poderão substituir o essencial das Forças Armadas, diz PR

Foto: Lusa

O Presidente da República defendeu hoje que não serão os contratados no estrangeiro que poderão substituir o essencial das Forças Armadas Portuguesas, num discurso em que voltou a apelar ao seu fortalecimento, com mais efetivos.

Marcelo Rebelo de Sousa discursava numa cerimónia militar comemorativa do 49.º aniversário do Estado-Maior-General das Forças Armadas, junto à estátua de D. Nuno Álvares Pereira no Jardim Ducla Soares, em Lisboa.

“Não acreditemos que serão outros, contratados no estrangeiro, que poderão substituir o essencial do nosso corpo militar. Mesmo em setores sociais, são soluções de emergência, transitórias e de muito limitada expressão numérica”, afirmou o chefe de Estado e comandante supremo das Forças Armadas.

Na sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa sustentou que na conjuntura atual “importa ainda mais” que as Forças Armadas Portuguesas “sejam fortes, para que Portugal seja forte”, e devem ter “sempre efetivos e capacidades à medida das suas missões”.

“Se não é agora, em tempos de guerra, em tempos de relevância maior do papel das nossas Forças Armadas no mundo, se não é agora, quando será que vamos atualizar capacidades – algumas delas fora do tempo – e, mais do que isso, ter homens e mulheres em número e formação para lhes darem o devido emprego?”, interrogou.

“Sem mulheres e homens militares, poderemos sonhar com navios, blindados, aeronaves, mas não teremos quem os possam tornar úteis”, acrescentou.

Foi neste contexto que, em seguida, o Presidente da República abordou a questão do recrutamento de estrangeiros para as Forças Armadas – uma possibilidade em relação à qual já se manifestou favorável – para defender que não poderão substituir o essencial do corpo militar português.

Sobre este assunto, em 28 de junho do ano passado, num fórum sobre recrutamento militar, no Teatro Thalia, em Lisboa, o chefe de Estado declarou: “Temos de nos habituar à ideia de incluir os imigrantes numa fonte de recrutamento para as Forças Armadas”.

 
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