Declarações dos treinadores do Famalicão e do Nacional no final do encontro da sétima jornada da I Liga portuguesa de futebol, que se realizou em Vila Nova de Famalicão:
– Armando Evangelista (treinador do Famalicão): “Quando olhamos para a prestação do nosso adversário e no que tem sido este início de Liga, nós sabíamos que era importante ter uma entrada forte e fazer um golo para desmontar a organização defensiva do Nacional.
Tivemos oportunidades, criámos caudal. Parece-me que havia uma equipa a querer ganhar o jogo, a disputar os três pontos. E a outra equipa a não querer perder. O que poderia desbloquear este empate era um golo mais cedo. E aí poderíamos ter construído outro tipo de resultado.
Em termos gerais, a nossa equipa demonstrou atitude certa, uma vontade muito grande de ganhar. Uma atitude competitiva que eu gostei. É verdade também que, com a lesão do Sorriso, um jogador vertical, que aparece bem em posições de finalização, perdemos um bocadinho de referências dentro da área. Penalizou um bocadinho.
Não são positivas estas paragens, não é isto que queremos para o futebol, não vivo o futebol desta forma. Não sei que mal fizemos, muito sinceramente não sei. Em todos os jogos mostramos ambição, vontade de ganhar, dar bons espetáculos e depois estas coisas em nada contribuem. É uma equipa jovem e estas coisas tiram o foco, enerva-os e tira a clarividência que o jogo precisa.
O Rochinha sentiu um desconforto no final do jogo com o Moreirense e foi uma questão de gestão. Perder o Rochinha por várias semanas não é opção. Não podíamos arriscar. Não estava a 100%. O Sorriso estou à espera de novidades mas a primeira visão que temos é que poderá ser uma lesão grave e que nos pode tirar o jogador por um tempo prolongado”.
– Tiago Margarido (treinador do Nacional): “Boa entrada do Famalicão, por mérito deles. Através da sua organização, enquanto não estávamos bem encaixados, conseguiram criar-nos alguns problemas. Mas fomos organizados.
Na segunda parte~, conseguimos anular tudo aquilo que era a dinâmica do Famalicão. E fomos nós a equipa mais perigosa. Obviamente que não com o controlo de jogo e a posse de bola, mas em contra-ataques e ataques rápidos.
Conseguimos, na minha ótica, criar as três oportunidades de golo mais claras. Fomos inteligentes em guardar o jogo, conseguimos ferir o adversário nos momentos em que estava desequilibrado e soubemos ser equilibrados para suster a qualidade do Famalicão.
Hoje foi mérito do guarda-redes do Famalicão por não termos conseguido chegar ao golo. Faz ali, pelo menos, duas defesas brutais. Não teve a ver com a nossa falta de acerto, mas sim com a qualidade do guarda-redes do Famalicão. Penso que o empate é justo.”